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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ato contra a Copa termina com 54 pessoas presas e três bancos depredados


Último Segundo 

Foto: TIAGO CHIARAVALLOTI/FUTURA PRESS
Manifestantes queimam bandeira do Brasil durante 5º ato contra a Copa
A Polícia Militar prendeu 54 manifestantes durante o quinto Ato Contra a Copa do Mundo, realizado nesta terça-feira (15). Segundo a Polícia Militar, três agências bancárias foram depredadas. Manifestantes dizem que houve confronto e muitas pessoas foram feridas. A PM não confirmou a informação. 
Cerca de 500 pessoas participaram do protesto, de acordo com a PM. Os manifestantes dizem que foram 2.000 pessoas. 
O protesto, que começou, de forma pacifica, na avenida Paulista, por votla das 18h, desceu a avenida Rebouças e terminou quatro horas depois, na avenida Vital Brasil, próximo a estação Butantã, na zona oeste, por volta das 22h. 
Por volta das 21h30, quando iniciava a dispersão, na avenida Vital Brasil, alguns manifestantes jogaram pedras nas fachadas das agências. Os policiais teriam revidado com cassetetes e parte dos manifestantes correu para a estação Butantã. A Tropa de Choque cercou as entradas da estação. 
Até as 22h45, não havia informações sobre o número de feridos e nem para qual delegacia os detidos seriam levados. 
Às 23h10, a PM divulgou o que classificou como "saldo do vandalismo". Além das agências bancárias, foram depredadas uma viatura da PM e a estação Butantã do metrô.
Protesto
A pauta do protesto segue em torno do dinheiro gasto para a realização da Copa do Mundo em detrimento dos serviços públicos. Neste ato, o foco foi a situação dos serviços de saúde no Brasil. Os manifestantes se reuniram por volta das 18h no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista. Enquanto aguardavam para sair em passeata, eles pintavam faixas e cantavam músicas contra a realização da Copa e contra a Fifa.
Por volta das 19h30, os manifestantes ocuparam todas as faixas da avenida Paulista, no sentido Consolação, e leram o manifesto contra a realização do Mundial. Dez minutos depois, começaram a andar no sentido Consolação.
Durante todo o ato, os Black Bloc fizeram um cordão de isolamento em torno da faixa que estava a frente dos manifestantes. A inicitiva, adotada no protesto anterior, deixou manifestantes e policiais militares afastados. Por sua vez, a PM novamente formou dois cordões humanos separando manifestantes das fachadas das lojas. 
Além das faixas com frases contra a Fifa, alguns manifestantes carregaram caixões, em referência a morte de operários nos estádios que sediarão a Copa do Mundo. Os Black Bloc iniciaram o ato segurando escudos com letras, que juntos, formam a frase "Fifa, go home", em inglês (Fifa, vá para casa, em tradução livre). Um manifestante chegou a queimar a bandeira do Brasil, em protesto contra a realização da Copa.
Outros atos
Este foi o quinto protesto paulista, o quarto com participação policial da chamada "tropa do braço" ou "tropa ninj, que ao atuar pela primeira vez, em 22 de fevereiro, no segundo ato do ano, causou polêmica ao realizar a detenção de cerca de um quarto dos manifestantes e agressão a jornalistas.
O primeiro protesto do ano aconteceu no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, e terminou com cerca de 130 detidos e um jovem baleado. Houve confronto com a Tropa de Choque e depredação de estabelecimentos comerciais no centro da cidade. Além de São Paulo, pelo menos outras doze capitais realizaram protestos contra a realização da Copa do Mundo na mesma data.
O terceiro contra a Copa aconteceu no dia 13 de março e teve cinco detidos e um princípio de tumulto entre manifestantes e a Tropa de Choque na avenida Paulista. Cerca de 1,5 mil ativistas participaram do protesto e 1,7 mil policiais foram mobilizados. O último ato que aconteceu no dia 27 de março foi pacífico e não teve confronto nem detidos.

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