UPA em Caruaru recebe policiais, após pedido de fiscalização ao Cremepe
Cremepe comunica que, portanto, deve fazer apenas fiscalizações de rotina. Sindicato dos Médicos informou que profissionais estavam sem proteção.
Do G1 Caruaru
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estadual em Caruaru , no Agreste, já conta com dois policiais militares. Os seguranças estão divididos em escalas: um trabalha por 24 horas, e o outro, por 12 horas. Esta era uma necessidade apontada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), para a qual os profissionais estavam sem proteção pessoal e patrimonial.
Antes de recebê-los, a direção da UPA tinha informado que enviou “vários ofícios para a Secretaria de Defesa Social solicitando o reforço na segurança”. O Simepe havia pedido que a regularização ocorresse até 25 de dezembro do ano passado e, como não foi atendido, acionou o Conselho Regional de Medicina (Cremepe). O objetivo era realizar a interdição ética após fiscalização , porém, não foi preciso.
Mesmo a direção tendo demorado a atender ao requisito de segurança, o Cremepe comunicou que deve fazer apenas fiscalizações de rotina na unidade.
Excesso de atendimentos
À época da solicitação ao Cremepe, o G1conversou com o médico Danilo Souza, diretor regional do Simepe. Segundo ele, o número de atendimentos na UPA ultrapassa as 500 pessoas por dia, nas 24 horas de funcionamento, e não haveria entendimento disto por parte de pacientes e acompanhantes. “É um clima de estresse, de tensão. A UPA atende a mais pacientes do que poderia e os profissionais estão recebendo ameaças e agressões verbais”, contou.
A situação era semelhante em unidades municipais de Caruaru e foi solucionada após reuniões, ainda segundo o diretor regional. “Segurança é um dos principais requisitos para o trabalho. Tanto é necessária para pacientes quanto para profissionais”, lembrou. O pedido do requisito também foi enviado pelo Simepe ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), para conhecimento.
Caso fosse constatada a falta de segurança para o exercício da profissão e houvesse a interdição ética, os médicos passariam a atender somente às urgências e emergências. Os demais casos seriam enviados a outras unidades.
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