Policiais federais se preparam para a procissão do "enterro da segurança pública brasileira", na tarde desta quinta-feira (9), na capital mineira.
Agentes, escrivães e papiloscopistas se reúnem na superintendência do bairro Gutierrez, na região oeste, para uma passeata com caixões funerários e coroas de flores até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região centro-sul.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policias Federais em Minas Gerais (Sinpef/MG), Renato Deslandes, a manifestação é um "grito contra a violência e o crime organizado".
— O pano de fundo é que está acontecendo o esvaziamento de três cargos da Polícia Federal. Hoje, só delegados e peritos são valorizados. O governo está desvalorizando em detrimento da Receita Federal e da Abin [Agência Brasileira de Inteligência].
Dados do sindicato mostram que 140 policiais deixaram o órgão no ano passado, o que prejudica a segurança da população, segundo Deslandes.
— Não temos segurança aeroportuária e de fronteira, principalmente para combater o narcotráfico internacional e o crime organizado.
Em vez de paralisar o serviços, os policiais pretendem reforçar a fiscalização no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de BH. Na quarta-afeira (8), voos foram atrasados devido à operação padrão, o que deve ocorrer novamente na tarde desta quinta-feira (9).
— É para mostrar o que deveria acontecer todo o dia. Os cães farejam drogas e explosivos. Hoje, a gente não tem isso porque a Polícia Federal está sucateada. Ontem, a gente impediu que ocorresse o tráfico internacional de drogas.
Policiais entregaram as armas para chamar atenção para os problemas do órgão
Fonte: r7
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