» CRIME NO SERTÃO
Arsenal rastreado em São Paulo
Publicado em 26.11.2009
Policiais suspeitam que armas levadas de batalhões foram compradas por bando paulista e usadas em mega-assalto a carros-fortes, em Araras, este mês.
A polícia suspeita que parte das 61 armas roubadas no mês passado, em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, pode ter sido usada em um mega-assalto a dois carros-fortes no interior de São Paulo, quando foram roubados R$ 5 milhões. Pela investigação das Polícias Federal (PF) e Civil, o capitão da Polícia Militar Marcos Vinícius Barros dos Santos teria vendido o arsenal a uma quadrilha de assaltantes paulistas por R$ 700 mil. O oficial foi preso anteontem, com outras cinco pessoas, sob suspeita de forjar o próprio sequestro e de familiares para roubar o armamento, no dia 13 de outubro.
Durante assalto aos carro-fortes, ocorrido em 6 de novembro, na cidade de Araras (SP), os bandidos usaram fuzis 7,62, mesmo tipo de armamento roubado dos quartéis de Salgueiro e cidades vizinhas. A quadrilha também utilizou uma metralhadora ponto 50, que derruba até aviões, para parar o carro-forte da empresa Prosegur. Depois, explodiu o cofre do veículo e levou o dinheiro. Um empresário que dirigia pela rodovia Anhanguera, onde ocorreu o crime, acabou morto por uma bala perdida.
O delegado titular de Araras, que investiga o assalto, afirmou ter conhecimento do roubo ocorrido em Salgueiro. De acordo com ele, ainda não foi apreendida nenhuma arma utilizada no assalto ao carro-forte. “Temos a lista das instituições que tiveram armas roubadas e, se tivermos apreensão de armamentos, entraremos em contato com elas”, disse. Até agora, nenhum assaltante foi preso.
A mãe do capitão Marcos Vinícius, Gemma Celeste Santos, alega que o filho é inocente. Segundo ela, os indícios usados para pedir a prisão dele foram forjados. Antes de ser preso, o oficial escreveu um e-mail a amigos criticando a investigação do caso, feita pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Ele alega que a mulher e a filha, supostamente sob poder de bandidos, morreriam caso não entregasse as armas aos supostos assaltantes.
Além do oficial, foram presos o irmão dele, o contador Carlos Henrique Barros dos Santos, o casal Eduardo Elias Galvão dos Anjos e Kalinne de Queiroz Conceição Nunes, e os irmãos Francisco Ivan e Ivanildo Gomes de Barros, ambos policiais militares. O diretor jurídico da Associação de Cabos e Soldados, Otoniel Cosmo, disse que a entidade cuidará da defesa dos irmãos. “Eles são associados e, até que se prove o contrário, são inocentes”, disse. No dia do roubo das armas, os dois foram acionados pelo capitão com objetivo de liberar a mulher e a filha do oficial, que estariam presas em casa.
Mais policiais de Salgueiro são investigados e podem ser presos. Ivan Francisco, um dos PMs já detidos, teria dito, em ligações telefônicas monitoradas pela polícia, que o capitão seria morto como queima de arquivo. Outros PMs, ainda em liberdade, pretenderiam matar Marcos Vinícius na tentativa de escapar impunes de futuras acusações.
Por: Paula Costa | Jornalista
Fonte: ACS-PE
Plantão Jurídico - 81-8657 2770
24h nos finais de semana e feriados
De segunda a sexta das 18:00h as 08:00
Diretor Jurídico
Otoniel - 81 - 3423-0604
Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.