Informação policial e Bombeiro Militar

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Imprensa e a Polícia Militar


14/08/2012 na edição 707

Desde quando comecei na profissão, como repórter policial do Diário do Paraná, de Curitiba, me surpreendi com a relação promíscua entre a Polícia Militar e os jornalistas. Lá, os policiais nos chamavam carrapichos – um mato que só incomoda – e um coleguinha chegou a participar de uma surra em um preso, até hoje não sei com que propósito. A violência e criminalidade em Brasília aumentaram superlativamente e jornalistas tarimbados da área já cansaram de alertar contra a podridão geral do sistema carcerário sem que os jornais dessem continuidade ou o governo tomasse qualquer providência. Ao mesmo tempo, cresceu uma campanha geral e violenta, principalmente na rádio e TV, pela pena de morte e criminalização de menores. Agora, voltaram os esquadrões da morte dentro da polícia e desmandos de toda natureza da Polícia Militar em todo o país – o filósofo Vladimir Safatle ousou retomar a discussão da desmilitarização da PM apenas para apanhar mais do que tamborim de escola de samba. Pelo menos, na mesma Folha de S.Paulo, houve reportagem sobre os salários astronômicos dos coronéis da PM paulista, que já nos legaram entre outros o saudoso governador Fleury. O vespeiro é grande. Ninguém quer por a mão, como se vê nas explosões sem fim das PMs do Rio e da Bahia. E a grande imprensa, tão pugnaz contra a corrupção, não se dá conta dos milhares de mortes no país de um lado e de outro porque elas acontecem fora dos portões de suas ultraprotegidas redações (Zulcy Borges de Souza, jornalista, Itajubá, MG)

Fonte: observatório da imprensa

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