Investigadora nega desacato e afirma que vai acionar PMs na Justiça
Ela foi presa na sexta-feira (6) no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá
DA REDAÇÃO
A investigadora da Polícia Judiciária Civil de Mato, E.C.O.C, de 44 anos, detida por supostamente ter desacatado uma guarnição de policiais militares e tentando invadir o Pronto-Socorro de Cuiabá na sexta-feira (6), negou ter cometido o crime e afirmou que vai acionar os PMs na Justiça.
No Boletim de Ocorrência nº 330892/2015, os militares afirmaram que a investigadora estaria embriagada e teria iniciado uma série de xingamentos contra eles. Entre os palavrões estavam negros safados e macacos.
“Eu estava sob efeitos de medicamentos. Fiz uma cirurgia contra um câncer no útero há 30 dias. Em nenhum momento xinguei eles, primeiro porque eu fui professora e quem me conhece sabe que eu jamais pronunciei essas palavras na minha vida”, afirmou a policial, em entrevista ao MidiaNews.
Eles arquitetaram toda essa situação. É comum policiais militares mentirem, e agirem de forma combinada
“Eles arquitetaram toda essa situação. É comum policiais militares mentirem, e agirem de forma combinada, ainda mais contra civis. Militar não suporta Civil”, completou.
Ela disse que foi até a unidade para saber o estado de saúde do seu pai que está na UTI.
“Eu não queria entrar no Pronto-Socorro, queria apenas que o médico me falasse a real situação do meu pai, pois tinha recebido a informação de que ele teria pegado um infecção generalizada”, afirmou.
Ela contou que insistiu para que os seguranças deixassem ela falar com o médico, mas segundo a investigadora, eles a empurraram e acionaram os militares para a retirarem do local.
“Eu não vou falar que estava certa de querer informações aquela hora, mas eu precisava saber como meu pai estava, apenas isso, acredito que todos nessa situação fariam o mesmo”, declarou.
Conforme E., os PMs a arranharam, e começaram a fazer uma pressão psicológica nela dentro da viatura. Ela também negou que mordeu um dos PMs.
Segundo a investigadora, eles ainda a fizeram esperar por mais de 4h na delegacia para prestar depoimento.
“Depois de algumas horas eu fiquei irritada e realmente tirei a roupa para mostrar pra eles que estou operada e que tinha direito de ser atendida com urgência, mas eles nem ligaram, começaram a tirar foto e mandar para os amigos nas redes sociais”.
A investigadora afirmou que quer Justiça no caso.
“Vou acioná-los na Corregedoria da Polícia Militar e Criminal e exigir que eles façam uma retratação”, disse.
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