Apenas 30 pessoas compareceram ao ato contra a Copa do Mundo na Candelária
Rio - Candelária, Centro do Rio, palco das manifestações, ontem, 18h, e uma cena inusitada: 300 policiais militares, de diversos batalhões, entre eles o 5º BPM (Praça da Harmonia), o de Grandes Eventos (BPGE) e o de Policiamento de Choque-BPCHq, estavam no local, mobilizados para um "megaprotesto" que supostamente haveria lá. Dezenove mil pessoas que são contra a Copa e pela tarifa zero no transporte público foram convidadas pelo Facebook. Mas não apareceram nem 30 manifestantes, a maioria, black blocs.
“Sinceramente, deu sono. E ainda perdemos a chance de ver o jogo”, lamentou, em tom de ironia, um PM do BPGE, que, junto a outras dezenas de colegas, acabou sentando no meio da praça. Um grupo mais exaltado foi contido com spray de pimenta. Quatro estudantes, que seriam da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), foram conduzidas num camburão para a 22ª DP (Penha). Várias latas, improvisadas para batucada, foram apreendidas.
Protestando contra a PM, metade do grupo decidiu prosseguir, mas foi barrado por seguranças no metrô da Uruguaiana. Os jovens acabaram entrando num ônibus da linha 455 (Méier/Copacabana). A maior parte, sem pagar, pois entrou junto com um PM que iria revistá-los. Houve bate-boca e três foram detidos. Segundo a Polícia Militar, 15 foram encaminhados a delegacias por desacato. Sem força, os demais se dispersaram na Cinelândia.
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