Francisco de Souza foi agredido durante blitz policial no dia 18 de maio.
Pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público Estadual.
Do G1 BA
Idoso ficou com rosto desfigurado após agressão. (Foto: Imagens/TV Oeste)
Os três policiais militares suspeitos de agredir o idoso Francisco Viana de Souza durante uma abordagem na noite do dia 18 de maio, no município de Santa Maria da Vitória, a 876 km de Salvador, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Eles permanecem presos no 10º Batalhão de Barreiras, no oeste da Bahia. O Ministério Público Estadual denunciou os PMs pela prática do crime de tortura seguida de morte.
A prisão preventiva dos três PMs foi decretada pela Justiça a pedido dos promotores Tiago Ávila de Souza e Ernesto Cabral Medeiros e foi divulgada na quinta-feira (5) pelo MP. De acordo com eles, os PMs agrediram e espancaram o idoso portador de problemas mentais em via pública, na presença de populares. O promotor Ernesto Medeiros ainda acrescentou que "os PMs agiram com vontade livre e consciente da reprovabilidade e ilicitude das suas condutas, submetendo o idoso a intenso sofrimento físico e mental".
As investigações do MP e da Polícia Civil já foram concluídas e o processo criminal tramita na Vara Crime de Santa Maria da Vitória.
Caso
O idoso agredido por policiais militares morreu no dia 25 de maio após cinco dias internado. Em entrevista à TV Oeste na última quarta-feira (4), os familiares alegaram que a causa da morte foram os traumas provocados com o espancamento. Os PMs suspeitos estão presos no 10° Batalhão, em Barreiras.
Imagem de Francisco de Souza antes da agressão.
(Foto: Imagens/TV Oeste)
De acordo com o coordenador da 26ª Coorpin da cidade, delegado Alexandre Haas, o idoso conhecido como Francisco Viana de Souza, tem problemas mentais e teria se alterado em um procedimento de abordagem, quando os policiais tentaram conter sua reação.
O idoso teve o rosto desfigurado e precisou ser levado para o Hospital de Base de Brasília, que fica a 560 quilômetros da cidade, onde ficou internado por cinco dias, mas não resistiu e morreu.
Segundo dados do atestado de óbito, a morte de Francisco foi causada por politraumatismo, que significa lesões provocadas por forças externas, comprometendo o funcionamento dos órgãos do corpo.
Uma das filhas do idoso, Araílde de Souza, conta que ele estava perto da blitz falando alto e por pensar que Francisco falava com eles, os policiais o algemou e deram pontapé na cabeça, no tórax dele.
A outra fiha, Eliane de Souza informou que mesmo com a reação do pai, atitude dos policiais não foi correta. "Se eles falaram que o meu pai foi agressivo com eles, eles deveriam ter algemado controlado e conduzido para a delegacia e não como fizeram. Ele teve traumatismo craniano, ficou em coma por conta das pancadas", conta.
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