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domingo, 31 de janeiro de 2016

Oito delegados são demitidos por envolvimento no jogo do bicho no DF.

























MP de Goiás quer expulsão de delegados envolvidos com jogo do bicho
Promotora ajuiza ação de improbidade contra 36 servidores públicos acusados de integrar quadrilha que seria liderada por Carlos Cachoeira



postado em 03/11/2014 16:17 / atualizado em 03/11/2014 17:48
Saulo Araújo
O Ministério Público de Goiás propôs as primeiras ações de improbidade administrativa contra a suposta organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira. No total, 36 pessoas acusadas de participação no milionário esquema de exploração de jogos de azar no Entorno do Distrito Federal são citadas no processo, entre elas policiais civis, militares e integrantes do alto escalão do governo local. A relação deles com o bicheiro goiano foi descoberta em 2012, durante a Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal.
Iano Andrade/CB/D.A Press
Cachoeira é apontado como chefe do esquema de milionário de jogos de azar

A titular da promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Goiás, Fabiana Lemes Zamalloa, estabeleceu que os envolvidos paguem R$ 20 milhões a título de reparação de danos morais. Ela ainda pede que os funcionários públicos goianos acusados percam suas funções e sejam impedidos de voltarem a exercer qualquer cargo em instituições públicas. “Embora o prejuízo causado a imagem das instituições seja incomensurável, entendo que eles devem responder solidariamente. São as primeiras ações por improbidade e não serão as últimas. Não podemos aceitar com naturalidade que pessoas que fizeram parte de um dos maiores esquemas de corrupção do Estado fiquem impunes”, afirmou a promotora de Justiça.


A ação movida pelo Ministério Público goiano não tem relação com as investigações no âmbito penal. Essas são coordenadas pelo Ministério Público Federal (MPF). As ações por improbidade ainda serão encaminhadas pela Justiça do Estado, que decidirá se aceita ou não a denúncia. Entre os acusados, nove são delegados da Polícia Civil de Goiás e oito deles chefiavam delegacias dos municípios vizinhos ao Distrito Federal quando o escândalo veio à tona.

Um deles é o delegado Juracy José Pereira, que comandava a Delegacia de Luziânia. Segundos as investigações, o delegado recebia mesadas mensais de até R$ 5 mil para não fiscalizar os estabelecimentos de jogos de azar de Cachoira. Ele ainda tinha a missão de usar a máquina pública para reprimir os concorrentes de Cachoeira na região

Hylo Marques Pereira, ex-delegado chefe de Águas Lindas, recebia, de acordo com a PF, R$ 8 mil mensais para dar suporte ao grupo de contraventores. Consta no inquérito que ele chegava a fazer operações de apreensão de caça-níqueis de Cachoeira, mas tudo não passava de jogo de cena. Depois de conceder entrevistas e dar satisfação aos chefes, devolvia os equipamentos para Cachoeira.

Já José Luís Martins de Araújo trabalhou trabalhou em três delegacias: Luziânia, Catalão e Luziania e também é acusado pela PF e pelo Ministério Público de fazer vista grossa para as ações da quadrilha de Cachoeira. Os delegados Leandro Pinheiro Fonseca Pereira, Rosivaldo Linhares Rosa e André Soares Veloso, que trabalharam na delegacia e no Centro de Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Luziânia, em 2011, fizeram um acordo para esconder qualquer tipo de informação que pudesse comprometer a jogatina na cidade situada a 54 quilômetros de Brasília. Os três recebiam propina que variava de R$ 1 mil a R$ 2 mil, além de mimos, como passagens e hotéis custeados por Cachoeira.

Espionagem

Niteu Chaves Júnior, delegado que também trabalhou em Luziânia no ano de 2011, tinha a função de espionar as ações dos grupos especiais de combate ao crime organizado. Como gestor de uma das unidades do município, ele era avisado com antecedência das ações e alertava Cachoeira e seu grupo, que escondiam qualquer vestígio de atividade clandestina nos estabelecimentos.

A ação proposta pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público ainda cita tenente-coronel da Polícia Militar de Goiás Deovandir Frazão de Morais, ex comandante regional de Águas Lindas. Assim como os delegados, o oficial orientava seus subordinados a não reprimir os bares onde estavam instaladas as máquinas caça-níqueis de Carlinhos Cachoeira. Para piorar, ele ainda usava sua alta patente e ordenava soldados, cabos e sargentos a fazer a segurança desses estabelecimentos.




http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/11/03/interna_cidadesdf,455798/mp-de-goias-quer-expulsao-de-delegados-envolvidos-com-jogo-do-bicho.shtml

Foi publicado hoje no DOE as demissões de 8 delegados da PC: Juracy, Hylo, José Luiz, Marcelo Mauad, Niteu, Leandro, André e Rosivaldo...Operação Cachoeira...

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