O cabo da Polícia Militar (PM), lotado no Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), identificado como Fabionei, foi afastado de suas funções, na última sexta-feira (22). Ele é suspeito de ter agredido o office-boy, José Carlos da Silva Santos, no último dia 2 de fevereiro.
De acordo com o comandante do BPTran, coronel Dalton, o militar foi afastado para responder o processo. "Não cheguei a conversar com ele, nem ouvi sua versão, mas agora ele deve responder pelo que está sendo acusado", afirmou.
A corregedoria da Polícia Militar instaurou uma sindicância para investigar a denúncia de agressão. Após o prazo de 30 dias, a corregedoria poderá tomar alguma medida administrativa sobre o caso.
Ao mesmo tempo em que a sindicância foi instaurada, a corregedoria da PM designou um conselho disciplinar formado por três oficiais para analisar a denúncia. "Segundo prevê a lei, o conselho tem o poder até de excluir da corporação o militar envolvido na denúncia", afirmou o coronel Dalton.
O Ministério Público do Estado afirmou que também instaurou procedimento administrativo e vai cobrar informações das polícias Civil e Militar sobre as providências já adotadas até o momento.
Entenda o caso 
Segundo Antônia Adalgiza, esposa da vítima, o agente do BPTran teria agredido José Carlos após o office-boy ter reclamado com o suspeito de que os cachorros com que ele passeava no dia da agressão, estariam urinando na calçada da empresa na qual a vítima trabalhava.
Não gostando da reclamação, o suspeito agrediu José Carlos com socos e pontapés, lhe causando várias fraturas. Ela ainda conta que o esposo foi encaminhado desacordado ao Hospital Geral do Estado (HGE) para receber atendimento médico. Além de uma fratura no nariz, a vítima também ficou com o rosto desfigurado e sem conseguir falar, por conta de uma fratura de mandíbula e vários dentes quebrados.
“Foi uma coisa horrível, ele agrediu o José Carlos gratuitamente. Meu marido está respirando com dificuldades, se alimentando só de líquidos, fora o dano psicológico, que sem dúvidas é o pior. Esperamos que a justiça seja feita”.