Informação policial e Bombeiro Militar

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Voce concorda? Governador diz PMs com curso superior são mais insubordinado!

PM considera "infantil” declaração de Richa sobre insubordinação "Não é possível que o governador deseje que a PM do Paraná não progrida", diz Furquim. Em entrevista à rádio CBN, governador disse que PMs com curso superior são mais insubordinados. Assessoria diz que Richa foi mal interpretado 27/04/2012, 10:23 atualizado em 27/04/2012 às 12:42 FERNANDA LEITÓLES E ROGÉRIO GALINDO A declaração do governador Beto Richa (PSDB) de que policiais militares com diploma de curso superior normalmente são mais insubordinados segue causando polêmica. A afirmação foi feita durante entrevista à rádio CBN na quinta-feira (26). “Isso demonstrou não ser uma boa iniciativa [a exigência de diploma de curso superior para ingressar na PM] porque você desestimula os jovens que querem entrar na polícia, principalmente os egressos do serviço militar. [Eles] saem [do serviço militar] com 18, 19, 20 anos e não têm curso superior ainda. Essas pessoas estão mais preparadas, teoricamente, do que as outras. Já passaram por boa formação nas Forças Armadas, no Exército, e podem dar uma grande contribuição ingressando na nossa Polícia Militar, por exemplo. Outra questão é de insubordinação também, uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior", afirmou o governador à rádio. A declaração foi dada em resposta às associações que representam os policiais militares, que queriam que o governo passasse a exigir diploma dos que entram na corporação. (Ouça a declaração dada à rádio CBN). O presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), coronel Eliseu Furquim, afirmou que a declaração de Richa repercutiu mal para boa parte da categoria. “Acho que ele (Richa) foi infantil. Não é possível que o governador deseje que a Polícia Militar do Paraná não progrida”, afirmou. “Posso afirmar que boa parte da Polícia Militar não concorda com a declaração de Richa. Os que apoiam essa postura são os que ainda têm medo de progredir e têm medo do desconhecido”, completou o presidente da Amai. Furquim afirmou que a Amai vai pedir o apoio dos deputados estaduais na próxima semana - tanto da oposição quanto da situação – para que haja repúdio formal da declaração de Richa. Uma audiência pública para discutir a implantação da Emenda 29 ocorrerá na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na manhã de quarta-feira (2). “Vamos à Alep na quarta e pediremos o apoio dos deputados contra a declaração de Richa”, afirmou o coronel. A Emenda 29 foi aprovada pelos deputados estaduais em 2010 – ainda no governo de Orlando Pessuti – e prevê que os policiais militares e bombeiros concursados tenham formação superior prévia e também que seja feita a reposição de perdas salariais. O senador e ex-governador Roberto Requião criticou a declaração de Richa por meio do microblog Twitter. “A declaração de Richa sobre a escolaridade dos PMs mostra com toda clareza sua visão da sociedade e seus objetivos no governo. Pobre Paraná”, afirmou Requião. Outro lado A assessoria de imprensa de Beto Richa afirmou que a declaração do governador foi retirada do contexto e foi mal interpretada. Richa - de acordo com a assessoria de imprensa – defendeu que a exigência de diploma de curso superior poderia impedir que jovens de 18 ou 19 anos que deixaram as forças armadas e já pudessem ingressar na PM. A assessoria complementou ainda que o incentivo à formação dos servidores é uma das metas da gestão de Beto Richa, mas não deu explicações diretas sobre a fala do governador sobre a insubordinação. Richa estava em viagem para Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, nesta manhã. Após as informações repassadas pela assessoria à Gazeta do Povo, o governador Beto Richa comentou o caso por meio do Twitter e afirmou que as declarações dele foram descontextualizadas. “O que eu disse é que retiramos a exigência do diploma para dar oportunidade aos mais jovens que ainda não concluíram o curso superior”, disse Richa, por meio da conta dele no Twitter. “As declarações estão descontextualizadas”, completou o governador.

5 comentários:

  1. É notório que os governadores preferem os PMs,(principalmente os cabos e soldados),sem tanta informação,instrução,e grau intelectual elevado,pois,são os elementos de execução nas missões da PM como diz o nosso regulamento,e são maioria no contingente. Daí,eles(os governantes),podem deitar e rolar em cima da maioria,QUE SÃO DESPROVIDOS DE CONHECIMENTOS E PRINCIPALMENTE DOS SEUS DIREITOS.
    Me lembro muito bem quando eu era novinho de PMPE,que nós não tínhamos acesso ao nosso regulamento,era uma dificuldade para podermos saber de algum direito nosso,por isso que naquela época existiam muitos mais abusos cometidos por superiores hierárquicos.
    SE TEM UMA COISA QUE NINGUÉM PODE TIRAR DE NÓS,É O CONHECIMENTO QUE ADQUIRIMOS,INDEPENDENTE DE GRADUAÇÃO,PATENTE,CLASSE SOCIAL,RAÇA,COR,RELIGIÃO. sd 31 mil do 22BPM(Surubim)

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  2. Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los.
    Isaac Asimov

    Cidadania se faz com conhecimento.

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  3. Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação.
    Peter Drucker

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  4. Quem decidir se colocar como juiz da Verdade e do Conhecimento é naufragado pela gargalhada dos deuses.
    Albert Einstein

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  5. É cômodo para aqueles que exercem "Cargos de Confiança" do governo querer como subordinados pessoas que sejam reféns da ignorância. Que aceitem todos os tipos de abusos sem sequer saber da legalidade ou não do ato. Depois que as polícias passaram a serem compostas por policiais com nível superior completo ou, pelo menos, em andamento, não surgiram atos de insubordinação, porém, foi deixado de se aceitar situações de abusos que já era comum vindo da parte de cima da verticalização da hierarquia. Denúncias de corrupção. Não cumprimento de ordens ABSURDAS, mas apenas estas, são alguns exemplos. Ordens legítimas, tratamento humano, cobrança de direitos como escala e diárias, dignidade no tratamento, é o que de forma simples é exigido pelos subordinados, entretanto, pela herança cultural dessas instituições, parece ser algo muito difícil para um coronel de polícia. Mas será que a sociedade se rende a vontade de um só? O que é melhor pra ela? Será um policial "brutamontes" que tradicionalmente fala o Português errado, o velho "pobrema" da polícia e contra-argumenta indagações da demanda com tapaço, ou alguém preparado que ao ser solicitado a fornecer uma simples dúvida, como exemplo, por que to seguindo pra delegacia??? Este saiba responder com embasamentos legais em vez do "porque eu to dizendo que é pra ir!!! Cabe a sociedade escolher, uma vez que essa vontade é dela e não a um coronel de polícia que, no alge de sua patente deve ter pelo menos uns 27 anos de polícia, menos os três do CFO... foi formado em época de ditadura, por pessoas mais antigas ainda. Brocas. PENSEM!!!

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