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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Advogado denuncia coronel médico por agressão na Arena P...

Advogado denuncia coronel médico por agressão na Arena Pantanal; policial nega crimes e promete processo


Da Redação - Patrícia Neves
Advogado denuncia coronel médico por agressão na Arena Pantanal; policial nega crimes e promete processo
O advogado e professor Anderson Figueiredo registrou Boletim de Ocorrência por crime de lesão corporal contra o médico e coronel da Polícia Militar, Juliano Canavarros, na tarde de terça-feira (24), depois de uma confusão em frente a uma loja de revenda de lembranças instalada na Arena Pantanal, pouco depois do jogo entre Colômbia e Japão. Ele ainda denuncia ter sido vítima de corporativismo e de excessos por parte de policiais militares. Já o médico da Diretoria de Saúde da PM, Juliano Canavarros, rechaçou qualquer agressão e cita que também irá representar contra o advogado por crime por injúria.

No Boletim de Ocorrência lavrado consta a informação de que a confusão teve início depois que dois colombianos tentaram furar a fila para aquisição de ‘lembrancinhas’ da Copa do Mundo em uma loja no interior do estádio. Canavarros e um amigo que usava camisa do flamengo, segundo a descrição do Boletim, passaram a agredir os estrangeiros com palavras de baixo calão adjetivando os mesmos como ‘porcos’ e ‘sujos’. 

Anderson contou ao Olhar Direto que tentou intervir para apaziguar a situação e acabou sendo agredido pelo médico com uma cabeçada, que atingiu seu rosto provocando um corte no supercilio. Na sequência, ele se viu cercado por policiais militares que agiram com exageros. 




“Colocaram meus braços para trás e queriam me levar. Apertaram meu braço e eu questionei o tempo todo sobre o que estava acontecendo e o porquê de não levarem o médico também pois ele tinha me agredido. Eu sabia que ele era médico pois já me consultei com ele”. Figueiredo relata que só foi liberado com a chegada do tenente coronel Alexandre Mendes (comandante do 10º Batalhão da PM). “Eu me sinto indignado com tudo o que está acontecendo e pelo corporativismo com que agiram”.

Ele explica que após sair de lá foi até a delegacia de policia do Carumbé, registrou boletim e já se submeteu a exame de Corpo Delito. “Na manhã de hoje eu compareci a Corregedoria da PM e relatei tudo o que havia acontecido e pedi instauração de procedimento. Me senti extremamente humilhado. Sou um homem da paz. Não estou atrás de sensacionalismo. Quero a adoção de medidas”.  O advogado reafirma que jamais se envolveu em situação semelhante. No Boletim de Ocorrência também consta a identificação de testemunhas de toda a situação.

O coronel médico Juliano Canavarros ao Olhar Direto nega qualquer agressão e reafirmou desconhecer o propósito da situação. Declarou ainda que irá entrar com medidas jurídicas para retratação quanto à veiculação das informações que não condizem com a verdade. “Vou entrar com uma medida cautelar. O que ele está dizendo é um bando de inverdades. Eu jamais toquei nesse senhor. O papel aceita tudo e ele pode apontar o que quiser. Já avisei o comando da PM sobre essa situação”. Ele conta que estava acompanhado da esposa, do filho de 22 anos, e de um casal de amigos, sendo um deles médico, quando a discussão começou.

Ele pontua que estava na fila para compra de souvenir quando dois colombianos resolveram fazer uma fila paralela. “As pessoas que estavam ali não gostaram e pediram para que eles saíssem. De repente, aparece esse senhor dizendo que era um absurdo o que estava acontecendo. Eu não cheguei a encostar um dedo nele. Tava todo mundo feliz, brincando. Os próprios compatriotas pediram para que os colombianos voltassem para fila e eles fizeram isso. Foram lá pro final”.Canavarros aponta que uma das funcionárias do local acionou a PM que se deslocou até lá. “Eu também tenho testemunhas de tudo o que se passou ali. Esse senhor aparece com raiva e passa a afirmar inverdades”.

Afirma ainda que procurou as imagens do circuito de segurança da loja, mas recebeu a informações de que aquele perímetro não havia monitoramento eletrônico. "Eu errei. Os policiais me questionaram se eu queria registrar ocorrência e eu não fui. Agora eu vou representar. Esse foi um erro da minha parte. Se ele está dizendo que eu fiz tudo isso vai ter que provar”, finaliza. 

Sobre a questão de corporativismo e a conduta denunciada, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que a Corregedoria será responsável por analisar as informações e adotar as providências cabíveis.


Fonte: Olhar Direto

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