Informação policial e Bombeiro Militar

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PMs devem processar Ciro Gomes após serem chamados de 'marginais

Omar Jacob Direto de Fortaleza

Associações que representam bombeiros e policiais militares do Ceará anunciaram nesta segunda-feira que vão acionar a Justiça contra o ex-ministro Ciro Gomes. O também ex-deputado federal pelo PSB conceceu uma entrevista na qual classificou os trabalhadores que estiveram em greve no início do ano de "marginais fardados e covardes". Irmão do atual governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), ele também disse que o movimento era "conchavo de marginais fardados com marginais da quadrilha da droga que colocou toda a sociedade refém". Ciro também disse que os militares pressionaram o governo de seu irmão usando "como escudo crianças e mulheres".

O presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares do Ceará (Aspramece), Pedro Queiroz, afirmou que a declaração "feriu de morte, e a categoria quer uma resposta da Justiça, e é por isso que estamos organizando nossas assessorias jurídicas". Nesta tarde, advogados de diversas entidades que representam os trabalhadores estiveram reunidos para definir que tipo de ação deve ser ajuizada contra Ciro Gomes. "Com certeza ele incorreu aí em aspecto tanto penal quanto cível. Agora, que tipificação penal ou que ação cível, se for o caso, a gente ainda vai fazer esse estudo", afirmou o advogado Germano Palacio, que representa a Aspramece.

Bombeiros e policiais militares estiveram em greve entre os dias 29 de dezembro do ano passado e 4 de janeiro deste ano, reivindicando reajuste salarial, melhores condições de trabalho e anistia pelo movimento grevista. A terça-feira anterior ao acordo, dia 3 de janeiro, foi marcada pelo pânico e por denúncias de assaltos em vários pontos de região metropolitana de Fortaleza e também no interior do Ceará.

Sem o trabalho dos PMs, não houve confirmação de praticamente nenhuma ocorrência por fontes oficiais, e as imagens de violência nas redes sociais, fotos de grandes avenidas esvaziadas e relatos de arrastões causavam medo. Em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral, as maiores em população, lojas, bancos e todo o tipo de estabelecimentos encerraram as atividades mais cedo.

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