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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Conselho aprova segurança de militares para deputados supostamente ameaçados

Dudu Holanda e Maurício Tavares terão segurança reforçada por militares no período de 60 dias
O Conselho Estadual de Segurança (Conseg) decidiu, na manhã desta segunda-feira (23), autorizar segurança de militares para os deputados Dudu Holanda e Maurício Tavares, que seriam vítimas de um suposto plano de assassinato tramado pelo suplente Cícero Ferro.

De acordo com a decisão, os dois parlamentares terão a segurança reforçada por seis militares, cada um, pelo período de 60 dias. Tempo considerado suficiente pelos conselheiros para que a Polícia Civil investigue o caso.

Segundo o Conseg, os militares serão indicados pelo Comando da Polícia Militar e deverão ter a reputação ilibada, ou seja, que não estejam respondendo a processo e nem com o nome associado a crimes. O Conselho ainda recomenda que os policiais façam um rodízio na segurança dos dois deputados.

A “trama”

No dia 31 de dezembro de 2011, o delegado-geral da Polícia Civil entra em contato com o deputado Dudu Holanda avisando que a Polícia Federal de Pernambuco foi informada, por um telefonema anônimo, que pistoleiros daquele estado foram contratados para assassinar ele e o também deputado Maurício Tavares, que estava em Portugal. A ligação informava que o mandante seria o suplente Cícero Ferro e que o crime ocorreria na noite de réveillon.

O caso vazou para a imprensa e informações preliminares apontavam que os supostos pistoleiros tinham sido interceptados pela PF em Pernambuco, informação depois desmentida pela Polícia Civil de Alagoas, que resolveu não levar a investigação adiante por não existir provas concretas da existência de tal plano.

Dois dias depois, Dudu Holanda procura o delegado-geral para mostrá-lo um depoimento de um dos supostos pistoleiros contratado para matá-lo. No depoimento, dado na Polícia Federal em Salgueiro (PE), o preso afirmava que iria receber R$ 140 mil pelo serviço e que teria sido contatado pelo motorista e primo de Cícero Ferro, José Maria.

Questionado pela reportagem do Primeira Edição como tinha conseguido tais informações, o deputado afirmou que ouviu numa rádio local. “Ouvi numa rádio e procurei confirmar. Estou aqui com o depoimento dele [do pistoleiro]”, disse Dudu sem querer revelar onde conseguiu confirmar essas informações.

Dias depois, foi constatado que se tratava de um depoimento falso. Holanda, então, contou à polícia que o documento falsificado foi lhe entregue por um jornalista. “Eu não tive acesso ao documento através da polícia. Foi através de um jornalista. Cabe ao jornalista, depois que a polícia interrogá-lo, dizer com quem ele pegou e a origem do documento. Quando a informação me foi passada eu me senti ameaçado e fiz o correto: procurei a polícia e solicitei a abertura de um inquérito investigativo”, disse o parlamentar à TV Gazeta.
 

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