Informação policial e Bombeiro Militar

domingo, 10 de outubro de 2010

Associações recebe promeça que será implantado o mesmo salário pago aos PMs de Sergipe.

Associações ressurgem das cinzas e afirmam acreditar em proposta de aumento para a PMPB

Os policiais militares e bombeiros da Paraíba sempre precisaram de algo ou alguém que fizesse ecoar seus problemas, seus anseios, suas dificuldades. Tolhidos pelo [ainda] sistema cruel militarista, esses profissionais passaram a vida inteira engolindo ‘goela’ a baixo todas as mazelas provenientes de um segmento profissional onde não se pode dizer nada, fazer nada, opinar sobre nada. É como se o cidadão militar fosse um robô: não sofre, não tem sentimentos e só pode fazer aquilo que lhe é ordenado.
E é assim nas PMs do Brasil inteiro. Mas com uma diferença: em outros estados, as associações militares (sejam de cabos, soldados, sargentos, oficiais, etc.) mostram que existem de fato e de direito. Aparecem. Mobilizam-se. ‘Botam a cara’ pra bater. Tentam honrar o dinheiro descontado das contas dos já carentes de recursos – os policiais e bombeiros militares.

Em Alagoas, a Associação de Cabos e Soldados daquele Estado fincou dezenas de cruzes em frente ao apartamento do governador. A entidade pretendia uma audiência com o governante e, diante das recusas, fez esse protesto. Rebeldia? Ousadia? Depende do ângulo que você quer observar a questão...

No Estado vizinho de Pernambuco existe uma associação de militares que é de causar inveja. Ingressam com ações contra oficiais que supostamente exageraram no poder sobre os subalternos; mantém um programa de rádio para debater segurança pública e defender os policiais e bombeiros; e até vídeos são produzidos e lançados no You Tube, sempre em defesa dos seus filiados. Aliás, se você acessar agora (às 14h50 deste sábado, 9 de outubro de 2010) o blog da ACS/PE, verá que lá eles estão pedindo, via ofício aos governantes, que as viaturas sejam simplesmente blindadas. Exagero? Depende. Só quem sabe é aquele homem ou mulher que passa grande parte da sua vida dentro de um veículo com o nome POLÍCIA, totalmente exposto à ação dos bandidos.

E o que dizer da Associação Beneficente dos Servidores Militares de Sergipe?... Lá, eles não hesitam um só segundo em mostrar ao mundo, via internet, a situação degradante de alojamentos militares sergipanos. Foi assim que conseguiram, há duas semanas, fazer uma ‘mudança’ no visual de um dos alojamentos policiais daquele estado, contando inclusive com o apoio do Ministério Público. ‘Qualquer coisinha’ que atormente os filiados vira notícia no blog da entidade. Talvez seja por isso que os salários pagos por lá são tão almejados neste Nordeste sofredor.

Na Paraíba [ahhh, a velha Paraíba de ‘guerra’...] as associações militares passaram um tempo adormecidas. Segundo informações que chegaram ao ParaibaemQAP, um subalterno militar teria sido repreendido somente porque “pretendia almoçar em local destinado a oficiais”. E ninguém fez nada em defesa do rapaz (se o fez, foi ‘escondido’).

Outra reclamação recente envolve um dos setores mais competentes e operacionais da Polícia Militar da Paraíba. “Policiais da ROTAM em João Pessoa descansam debaixo de um pé de jambo, porque não dispõem de um alojamento”. Foi essa a denúncia que chegou a todos os batalhões, destacamentos e companhias militares da Paraíba. Parece que só não alcançou as “associações representativas” desses guerreiros que arriscam suas vidas sobre duas rodas.

Mas agora, eis que as associações militares paraibanas surgem com todo o gás. Diante da promessa de equiparação salarial com o Estado de Sergipe, não faltou representante da categoria para “botar a cara em defesa dos profissionais". Vejamos o que saiu na imprensa neste sábado:

O subtenente Marcílio Braz, presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos, disse que a expectativa agora é a melhor possível. “O governador se comprometeu em equiparar os salários - de soldado a coronel - ao que ganham hoje os policiais militares de Sergipe, que é um dos melhores vencimentos do Brasil. A expectativa é que vamos começar 2011 com um bom orçamento e assim vamos trabalhar com mais dedicação”, ressaltou.

O coronel Maquir Cordeiro, presidente da Caixa Beneficente, também falou do projeto. “Mas, dessa vez o governador Maranhão, que já vinha estudando a possibilidade de implantar a mesma legislação que rege os vencimentos dos policiais sergipanos, nos garantiu que vai enviar um Projeto de Lei equiparado para a Assembleia Legislativa do Estado”, observou o coronel, ressaltando que essa foi uma grande conquista.

A presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, cabo Eliane Santos, também ressaltou o diálogo com o governador Maranhão. “Estou saindo feliz com o espaço que tivemos com o governador. Essa é uma luta antiga e esperamos que dessa vez se cumpra, pois ele tem palavra firme. O saldo é positivo”, disse.

Torcemos, sinceramente, que todo e qualquer benefício seja dado aos policiais e bombeiros militares da Paraíba. Ou melhor, a TODOS os profissionais da segurança deste Estado. Faz tempo – muito tempo! – que essa dívida foi contraída pelos governos.

Mas não nos façamos de desconhecidos do mundo e desprovidos de neurônios: a tropa está muito bem atenta à promessa que se apresenta neste instante. Se o tal aumento salarial conseguir se concretizar (já que é prometido para DEPOIS da eleição), “glória a Deus, aleluia e amém”. Mas se os desdobramentos desse boom salarial comprovarem que tudo isso não passa de um grande golpe, tenham certeza: poderá ser o fim do que hoje se chamam de associações militares neste Estado.

A tropa está atenta.

ParaibaemQAP

Fonte: http://policiaisebombeirosib.blogspot.com/2010/10/associacoes-ressurgem-das-cinzas-e.html

Um comentário:

  1. gostaria de saber se esta lei está em vigor e se é válida para os PPMM.
    Ementas de 1990 à 1999
    [22/08/1990 08:00:00]
    LEI COMPLEMENTAR Nº 03 DE 22/08/1990 (DOPE 23/08/1990)

    ResponderExcluir

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.