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quarta-feira, 16 de março de 2016

Sargento da Polícia Militar recusa aposentadoria após perder um braço quando ia visitar o filho recém-nascido! O Sargento disse que a gente em situação pior do que a dele! Veja.

PM do TO recusa aposentadoria após perder braço e inspira colegas
Ele perdeu membro em acidente durante viagem para ver filho recém-nascido. 'Tem gente com a situação pior que a minha e que não para de lutar', diz.
15/03/2016 07h25 - Atualizado em 15/03/2016 07h25
Do G1 TO
Sargento perdeu o braço em um acidente de trânsito (Foto: PM/Divulgação)
Sargento perdeu o braço em um acidente de trânsito (Foto: PM/Divulgação)

A história do sargento José Nelson dos Santos Silva, de 45 anos, tinha tudo para terminar no dia 15 de agosto de 2015, quando ele sofreu um grave acidente próximo de Goiânia (GO). Em uma colisão com um caminhão, ele perdeu um braço, mas manteve a vida e a vontade de dar a volta por cima.

"Quando eu acordei viu o braço amputado pensei: a vida acabou, acabou tudo para mim, meus sonhos morreram", conta emocionado. Jose Nelson é policial militar desde 1993, quando saiu de Arco Verde (PE), após passar em um concurso público no Tocantins.

O acidente aconteceu justamente em um momento de grande alegria para ele, logo após o nascimento do segundo filho.

"Eu estava viajando para Goiânia para ver o meu filho. Estava com meu cunhado. Já chegando na cidade percebi que ele cochilou."

"Quando eu chamei, ele tirou o máximo que pode, mas bateu na lateral do caminhão, que arrancou a porta do lado direito onde eu estava. Eu fui arremessado e perdi muito sangue. Vi que o braço já estava praticamente apartado."

Durante os três meses de recuperação, o sargento ouviu várias vezes que seria aposentado. "Os colegas sempre falando que automaticamente eu iria aposentar. Isso soava como uma facada. Tinha acabado meu sonho de sair com o sentimento de dever cumprido."

Tem muita gente com a situação pior que a minha e que não param de lutar."
José Nelson, PM

"Depois levantei a cabeça, lembrei dos meus filhos e percebi que não tinha nada perdido. A vida continua. Tem muita gente com a situação pior que a minha e que não para de lutar. Sabia que ainda poderia contribuir com a sociedade", afirmou.

O pedido de Silva soou estranho até para o médico. "Perguntei se poderia optar por trabalhar e ele até brincou: mas está faltando um braço. Aí eu respondi, estou deficiente, mas não estou inválido."

O sargento saiu do setor operacional e atualmente trabalha no setor de transportes da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Augustinópolis, extremo norte do Tocantins.

"Foi um recomeço. As vezes a gente está nessa situação e tende a se ver como um aleijado, mas tenho atendido as expectativas dos meus comandantes. Sou grato porque me deram a chance de terminar o meu dever", finalizou.

Inspiração
Para os comandantes, o sargento é motivo de inspiração. "Ficamos consternados quando ele sofreu o acidente e por tudo que passou. Mas ficamos ainda mais admirados por ele ter tomado a iniciativa de permanecer na corporação como um policial da ativa", comentou o comandante da 2ª CIPM, major Denyure de Meneses Cavalcante

Sargento pediu para continuar trabalhando na PM (Foto: Arquivo Pessoal)
Sargento pediu para continuar trabalhando na PM (Foto: Arquivo Pessoal)

 

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