O Tribunal de Justiça da Paraíba negou nesta terça-feira (28) o pedido de habeas corpus para dois policiais militares do Rio de Janeiro que estão presos no estado desde o início de abril. Os dois, juntamente com um policial federal aposentado, foram detidos com uma armas sem registro e de uso registro em Cabedelo , na Grande João Pessoa, quando tentavam cobrar uma dívida de um homem. Eles também são suspeitos de integrarem uma milícia privada.
A defesa dos policiais afirmou que não havia justa causa para manter os policiais presos, por eles terem condições pessoais favoráveis para conseguir a liberdade. Foi apontado ainda a ocorrência de coação ilegal.
Para o relator da matéria, o desembargador Carlos Martins Beltrão Filho, não existe constrangimento ilegal quando a custódia cautelar está devidamente justificada na garantia da ordem pública. Segundo o magistrado, a manutenção das prisões se justifica devido a gravidade do crime cometido e da periculosidade dos suspeitos. O desembargador destacou também em seu argumento a suspeita dos policiais integrarem uma milícia armada
Os autos informam que os três policiais do Rio portavam três pistolas, quatro carregadores e 41 munições. Uma das armas estava sem numeração e outra pertencia à polícia carioca, mas os policiais não tinham autorização para viajar com ela.
Entenda o caso 
A possível vítima dos policiais trabalhava como estoquista em um supermercado de João Pessoa e ele mesmo acionou a polícia. Na época do fato,  ele explicou à reportagem da TV Cabo Branco que morou no Rio de Janeiro, onde trabalhou para um bicheiro e foi acusado de desviar R$ 100 mil. Devido a essa acusação, ele fugiu para Pernambuco e, em seguida, para a Paraíba , onde mora há quatro anos.

Ele ficou sabendo que os policiais estavam procurando por ele no supermercado onde ele trabalha até que chegaram à localização da casa onde ele mora. Ao perceber que os três estavam na frente da sua casa, ele chamou a polícia com medo de ser morto.