Informação policial e Bombeiro Militar

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Eu não vi nada!



Repórter do Yahoo! Esporte Interativo revela truculência da PM no Morumbi

Relato a seguir é do meu amigo e companheiro de redação aqui no Yahoo! Esporte Interativo, Fernando Olivieri. Ele esteve no Morumbi na final da Sul-Americana entre São Paulo e Tigre. Leia na integra:
A desagradável experiência de acompanhar uma decisão de campeonato
Toda final de torneio é sempre a mesma situação: procura alta por ingressos, casa cheia, jornalistas de vários países, policiamento maior e muita confusão. Não foi diferente para a decisão da Copa Sul-Americana, que além de todos os problemas no intervalo, teve muita confusão para além das quatro linhas e o que foi noticiado.
O primeiro detalhe aconteceu com este repórter que vos escreve. Tentava acessar o portão principal do Estádio do Morumbi, local onde os ônibus entram e os jornalistas têm acesso para trabalhar. E lá estava eu, para mais uma jornada de trabalho, a última em um estádio de futebol no ano de 2012. Cheguei no momento em que a Polícia Militar fechava a praça para a passagem do ônibus do São Paulo. Detalhe: eram 19h50 e a delegação tricolor passaria apenas 20h30 no local. Ou seja, esperava tranquilamente passar por ali e pode acessar o portão e adentrar ao estádio.
Pois bem, neste exato momento, um PM que não consegui identificar começou a empurrar a todos e com a carteira da ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), tentava acessar ao local de trabalho. Após dois empurrões, o cacetete deste mesmo policial veio na minha orelha, antes que ele pedisse a minha credencial para olhar e deixar eu passar. Não quero fazer disto uma crise: nossa segurança pública passa por um momento de graves problemas, com mortes e mais mortes durante as madrugadas na Grande SP. No entanto, vemos como estes são despreparados para cuidar do grande público.
Já dentro do estádio, vi algumas cenas lamentáveis. Como briga entre torcedores do São Paulo por lugares em um abarrotado Morumbi. E neste ponto temos os dois lados. Já passou da hora de termos lugares marcados dentro dos estádio, porém, falta um pouco de consciência para boa parte dos sujeitos que vão ao campo de futebol. Não adianta ficar no corredor reclamando com quem está sentado. Faltavam lugares para todos, mas brigar com quem chegou cedo e sentou não irá resolver os problemas de quem está em pé.
Querem duas soluções simples e que não vão prejudicar ninguém para os próximos anos do Brasil? Primeiro, lugares marcados. Você compra ingresso para arquibancada e tem a sua cadeira, certo? Logo, deverá ser respeitado este local e o torcedor deverá sentar ali e em nenhum outro lugar. Além disto, a PM tem que fazer a segurança fora do estádio e sem truculência. Dentro do campo, devemos adotar o que os ingleses fazem. Pessoas especializadas para ajudar o torcedor a sentar e evitar confusões entre os visitantes e mandantes ou problemas entre a mesma torcida.
Repórter da Folha de S.Paulo também foi agredido
Segundo relato da edição desta sexta-feira, um repórter do diário paulistano também foi agredido pela PM no Morumbi. A vítima em questão é  Martín Fernandez. Ele  fazia a cobertura do jogo entre São Paulo e Tigre, na noite de anteontem. Jornal relata, no entanto, que as agressões foram sem gravidade e ocorreram no acesso à sala de imprensa do estádio. Também não foi possível identificar os PMs.
Dois pequenos exemplos que mostram que falta muito para que o brasileiro se sinta seguro nos estádios de futebol. Opine!

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