quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Policial Militar é acusado de mata homem e provoca revolta da população



Policial mata homem e provoca revolta da população


Respondendo pela Delegacia de Polícia Civil de Cachoeira do Arari, o delegado Arilson da Silva Caetano deverá ter muito trabalho para elucidar as circunstâncias que levaram à morte de Luis Carlos Amaral do Nascimento, 34, conhecido como “Pinduca”, baleado por um policial militar na madrugada de ontem, após suposta confusão na saída de uma festa dançante naquele município.

Segundo a versão apresentada ao delegado Arilson Caetano pelo policial militar Edivaldo da Silva Pereira, que se apresentou espontaneamente, após o baleamento de “Pinduca”, este afirma que fazia ronda, juntamente com a guarnição da Polícia Militar, quando foi acionado por um cidadão que se encontrava dentro da sede de festa “Caiçara Club”, que teria se incomodado com a presença de um homem conhecido como “Pinduca”, por ele estar sem camisa.

O policial militar afirma que “conduziu o rapaz para fora da festa e, quando ia realizar uma revista nele, a vítima teria oculta, dentro de uma camisa que segurava em uma das mãos, uma faca, com a qual investiu contra mim”. 

Ainda segundo Pereira, só restou a “legítima defesa”, mas antes deu uns gritos com “Pinduca” na ânsia de que o mesmo desistisse da ação. Ainda assim, continua o militar, “Pinduca” ainda insistiu em tentar furá-lo. E, na falta de outra opção, disparou um tiro para o chão, e que acabou atingindo a coxa da vítima.

Ele informou que mesmo ferido “Pinduca” fugiu correndo do local, sendo perseguido, detido e conduzido imediatamente ao hospital municipal de Cachoeira do Arari, onde não resistiu ao ferimento e morreu. O policial cita o testemunho de seus colegas de farda, os cabos PMs Cunha, Neves e soldados Santana, James e Nogueira que teriam presenciado toda a ação.

O policial Edivaldo da Silva Pereira afirma que está lotado no município de Cachoeira do Arari há dois meses e não conhecia a vítima, muito embora relate que “Pinduca”. em outra ocasião, teria enfrentado uma guarnição policial durante uma desordem no bar do Pio.

A versão do policial é contestada por testemunhas que afirmam ter Luis Carlos Amaral do Nascimento sido baleado, e em seguida, perseguido até a residência de um amigo, onde teria batido na porta pedindo socorro, sendo seguido pelos policiais em motocicletas. os PMs teriam então abordado o rapaz e o levado até o hospital, onde morreu.

Revoltados com a situação, dezenas de moradores protestaram, por todo o dia de ontem, em frente à delegacia da Polícia Civil, à Prefeitura e no local onde a vítima foi abordada, em Cachoeira do Arari, cobrando uma investigação mais detalhada para apurar a morte de “Pinduca”.

Familiares e amigos da vítima, com quem o DIÁRIO conversou por telefone, afirmam que pode ter havido excesso dos policiais. “Ele tinha suspeita de fratura no maxilar e no braço e marcas no pescoço além de unhas do pé arrancadas e ferimentos nas costas como se tivesse sido arrastado”, disse uma testemunha que esteve no hospital municipal de Cachoeira do Arari.

Devido a essas denúncias, o corpo de Luis Carlos Amaral do Nascimento foi transportado, em uma lancha, para a capital do Estado, onde passará por perícia no Instituto de Criminalística.

(Diário do Pará)

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