domingo, 4 de março de 2012

Conselheiro do CNJ diz que Judiciário dos estados era ralo de desperdício de dinheiro

Em entrevista ao 'Portal da Assembleia'

Em entrevista ao programa Portal da Assembleia, da TV Assembleia, ontem, o representante do Senado no Conselho Nacional de Justiça, conselheiro Bruno Dantas, disse que antes da existência do CNJ o judiciário dos estados pareciam ilhas distantes e eram o 'maior ralo de desperdício de dinheiro público. Dantas falou sobre o papel do CNJ e a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter os poderes do organismo.

Dantas disse que o papel do CNJ é tornar o Judiciário mais ágil e próximo ao cidadão, aspirações, segundo ele, reveladas pela opinião pública por meio do apoio manifestado ao Conselho, durante o julgamento no STF.

De acordo com Bruno Dantas, que já foi integrante do Conselho do Ministério Público, o CNJ foi criado, há seis anos, para integrar o Poder Judiciário e a fiscalização da gestão administrativa e financeira do Judiciário. Dantas afirmou que não havia fiscalização, principalmente no Judiciário dos Estados, e estes pareciam ilhas distantes, e assim era o maior ralo de desperdício do dinheiro público.

O conselheiro garantiu que, resultado de maior tomada de consciência por parte da população, foi criado o CNJ, e que, na próxima semana, o Senado vota uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ampliando os poderes do Conselho, para garantir que não venham a acontecer novos questionamentos.

Bruno Dantas enfatizou que a primeira missão do CNJ é dar maior transparência às ações do Judiciário, atuação que é aprovada pela população, e que as corregedorias nos Estados tendem a mudar e apresentar maior atuação, caso contrário, serão alvo do Conselho.

Ele lembrou que o CNJ possui 15 integrantes e que, diante da composição enxuta, a população precisa exercer o próprio controle direto das ações, fazendo as denúncias necessárias e fiscalizando a aplicação de recursos através da página na internet, o Portal da Transparência.

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