sexta-feira, 9 de julho de 2010

Policia fica em 4º lugar como Instituição de mais confiança da população ficando a frente da Igreja católica, do Judiciario e do Congresso

Conjur

População confia mais no Exército do que na IgrejaO resultado da investigação do Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, mostra que o Exército tem quase o dobro de aprovação do Judiciário, com 63% e 33%, respectivamente. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo. As grandes empresas (54%), o governo federal (43%), as emissoras de tevê (42%), a imprensa escrita (41%) e a Polícia (38%) ficaram à frente da Igreja Católica, cujo índice de confiança é de 34%. O Legislativo, com 28%, e os partidos políticos, com 21%, aparecem na sequência. A apuração foi feita no segundo trimestre.


"Essa é a grande novidade do trabalho, a comparação do patamar de confiança no Judiciário e outras instituições, públicas e privadas", diz Luciana Gross Cunha, professora da Direito da FGV e coordenadora do ICJ. "É uma questão que chama muito a atenção nesse momento por causa do resultado. A Justiça só ganha do Congresso e dos partidos".

O radar ICJBrasil ouviu 1.550 pessoas de diversas faixas de renda e de escolaridade e crava que a avaliação da Justiça segue negativa porque ela não desgruda de características anacrônicas: lenta, cara e pouco acessível.

A credibilidade do poder nos quesitos honestidade, imparcialidade e competência para solucionar os casos que são de sua alçada também está em baixa. Ainda assim, a maioria dos entrevistados respondeu que não hesitaria em procurar o Judiciário para solucionar eventuais conflitos.

Quase metade dos entrevistados já acionou a Justiça. Questões trabalhistas (28%) e de família (24%) lideram razões para busca do Judiciário. Outros motivos são relativos a direitos do consumidor (19%), causas previdenciárias (8%), criminais (6%) e trânsito (3%).

O ICJBrasil adotou quatro categorias para a consulta: muito satisfeito, pouco satisfeito, muito insatisfeito e pouco insatisfeito. Os muito insatisfeitos e aqueles que se declararam pouco satisfeitos somam 49%. Quanto menor a renda, menor o contingente de entrevistados que foram à Justiça. Dezenove por cento dos que disseram já ter batido à porta dos tribunais recebem até dois mínimos; e 57%, mais de quatro até 12 mínimos.

A maioria dos entrevistados já consultou advogado (75%), dos quais 34% acessaram a Defensoria Pública. "Ou seja, o Judiciário não é tão desconhecido assim", comenta Luciana Gross.

No item Judiciário e resolução de conflitos trabalhistas, apesar de depositar pouca confiança na Justiça, a população ainda prefere decisão do juiz a acordo por mediador ou conciliador.

"Essa conta não é só nossa", afirma o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares. "Não quero dizer que não haja casos de juízes que deixam a desejar, mas existem outros fatores que provocam o desgaste da imagem do Judiciário", diz, citando que tem ministro do Superior Tribunal de Justiça com 13 mil processos. "Em Pernambuco, juízes e promotores respondem simultaneamente por até três comarcas distantes 100 quilômetros uma da outra".

Para Valadares, "tudo o que é lentidão" jogam na conta do Judiciário. "Na ação penal o titular é o Ministério Público", anota. "Há verdades nessa pesquisa, mas também há injustiças porque a população precisa enxergar onde é que está o verdadeiro gargalo", alerta.

Em São Paulo, os dados mostram grande produtividade dos juízes, reconhecida pelo Banco Mundial, segundo o presidente da Associação Paulista de Magistrados, Paulo Dimas De Bellis Mascaretti. "Mas mesmo assim não conseguimos passar uma imagem positiva", afirma.


ICJBrasil: divulgado o índice do 2º trimestre


FGV

Judiciário é uma das instituições em que a população menos confia. Confira»

O ICJBrasil (Indice de Confiança na Justiça) do 2º trimestre de 2010, mensurado pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (DIREITO GV), indica que o Judiciário é uma das instituições em que a população menos deposita a sua confiança, com 33% das respostas da população. No ranking geral, a Justiça só está à frente dos partidos políticos, que obtiveram 21% das respostas, e do Congresso Nacional, com 28%. Na outra ponta, a instituição em que a população afirmou mais confiar foram as forças armadas, com 63% das respostas.

Essa foi uma das principais novidades na sondagem, segundo a professora Luciana Gross Cunha, coordenadora do ICJBrasil. Foram ouvidas 1.550 pessoas de sete regiões metropolitanas, de diversas faixas de renda e escolaridade. "Os dados continuam a indicar a má avaliação do Judiciário como prestador de serviços públicos, realidade que já vinha sendo observada desde as primeiras ondas do Indice", explica a coordenadora.

A Justiça é percebida pela grande maioria como morosa - 88% dos entrevistados avaliaram que o Judiciário resolve os conflitos de forma lenta ou muito lentamente.

Além de morosa, a Justiça é tido pela maioria com cara e de difícil acesso - 80% disseram que os custos para acessar o Judiciário são altos ou muito altos e 72% acreditam que o Judiciário é difícil ou muito difícil para utilizar.

Outros três problemas são a falta de honestidade (61% consideram o Judiciário nada ou pouco honesto), a parcialidade (60% acreditam que o Judiciário é nada ou pouco independente) e a falta de competência para solucionar os casos (54% da população classificam o Judiciário como nada ou pouco competente).

Fontes: Conjur http://www.conjur.com.br/2010-jul-08/confianca-exercito-dobro-justica-igreja

FGV- Fundação Getúlio Vargas http://www.direitogv.com.br/default.aspx?PagId=HTICVQTP&ID=278
Ver Pagina 15.

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