Informação policial e Bombeiro Militar

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PM armado invade escola e agride aluno no Pascoal Ramos


Cidades

Da Redação

23/11/2012

A Corregedoria da PM vai investigar um soldado, lotado no 24° Batalhão em Cuiabá, acusado de invadir uma escola, ameaçar com uma arma e agredir um estudante de 18 anos.

O fato teria ocorrido no último dia 13 deste mês, às 20h40, dentro da escola estadual Pascoal Ramos, em Cuiabá. A denúncia contra o policial foi protocolada no dia seguinte (14/11), na Corregedoria Geral da PM.

Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Marcos Vinícius Souza Silva conta que conversava com uma funcionária da unidade escolar, quando o policial Fernando Rocha Alves se aproximou e encostou uma arma em seu pescoço. “Ele disse que eu estava de conversinha com a mulher dele e começou a me agredir”, relatou o rapaz. Em seguida, o soldado puxou a vítima pelo braço levando-a até o banheiro. O policial estava à paisana e seria ex-marido da funcionária com quem o estudante conversava.

Já no banheiro, Marcos Vinícius conta que o policial desferiu socos, coronhadas e golpes de cassetetes no rosto e na cabeça. “Só na orelha levei seis pontos”, conta. “No rosto foram dois pontos de um lado e quatro do outro”, acrescentou. Apenas ontem à tarde, o estudante retiraria os pontos.

Na denúncia (262/12) feita à Corregedoria da PM, o estudante afirma que o policial o ameaçava de morte e que já havia matado outra pessoa, por isso não faria diferença. “O que espero é que não haja impunidade”, cobrou.

Marcos Vinícius afirma que o fato foi presenciado por funcionários da escola, que o socorreram e o levaram à Policlínica do Pascoal Ramos. Na Corregedoria, ele afirmou ter sido encaminhado para exames de lesão corporal no Instituto Médico Legal (IML) e ainda deixou fotos do acontecido. O estudante também registrou boletim de ocorrência no Cisc do Coxipó.

Pai do estudante, Almir José Pereira se mostra inconformado. “A mãe do Vinícius faz tratamento contra câncer e não pode ficar se aborrecendo. Ela se sentiu muito mal quando ficou sabendo da agressão contra o filho”, comentou.

A reportagem tentou manter contato por telefone com o policial, mas não conseguiu. O 24º Batalhão faz parte da Companhia do Pedra 90. De acordo com o sargento Roque, ontem o sodaldo Fernando estava de folga e ele não tinha autorização para passar o telefone do policial.

A assessoria de imprensa da PM informou ontem que o caso chegou ao conhecimento da Corregedoria no dia 14 de novembro e que, por causa do feriado prolongado, só começou a ter andamento na quarta-feira. A sindicância deverá ser concluída em 20 dias, prorrogáveis por mais 20.

Fonte: O Documento

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