“Os policiais correm risco de morte”, diz promotor após inspeções
Fonte: Cada Minuto
Quatro delegacias foram vistoriadas pelo MPE e pelo Sindpol, na tarde desta quarta-feira
Por Teresa Cristina e Vanessa Alencar
Atualizado às 16h32.
Ao final das inspeções realizadas em quatro delegacias na tarde desta quarta-feira (18), o promotor Coaracy Fonseca, titular da 17ª Promotoria de Justiça da Capital, afirmou que a situação nas unidades é precária. Além de problemas na estrutura, foi constatada a existência de riscos iminentes para os agentes que trabalham nesses distritos policiais.
“Os policiais correm risco de morte. A situação física das delegacias é muito precária e algumas são até insalubres, apresentando problemas como fios expostos e até uma piscina desativada, na Delegacia de Homicídios, que é um foco de dengue”, afirmou.
Segundo o promotor, o que mais chamou a atenção nos locais visitados foi falta de efetivo: “Não há gente para trabalhar”, resumiu.
As delegacias vistoriadas foram a da Criança e do Adolescente da Capital, Central de Flagrantes, Homicídios e o 7º Distrito Policial. As vistorias foram acompanhadas também por Josimar Melo, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), e por uma comissão técnica no Ministério Público.
Sobre o 7º DP, no bairro da Pitanguinha, o promotor contou que o local está fechado e o estado está pagando aluguel em outro prédio para o funcionamento da delegacia. De acordo com Coaracy, uma pequena reforma na unidade faria com que o local voltasse a funcionar. "A situação é caótica em todos os aspectos. O prédio está abandonado e o Estado pagando aluguel de outro imóvel, o que é injustificável". frisou.
Na Central de Flagrantes, foi constatada a presença de um menor de 18 anos. O caso, segundo o promotor, já foi comunicado à Promotoria da Infância e Juventude.
Coaracy disse que o relatório das visitas ficará pronto após o recesso do MPE – que começa no dia 20 e termina no dia 30 deste mês – e que irá solicitar uma audiência com o secretário de Estado da Defesa Social, Diógenes Tenório, para apresentar a ele o resultado e pedir providências.
O resultado dessas inspeções será anexado ao inquérito civil instaurado pelo promotor após denúncias do Sindpol. Caso as medidas não sejam tomadas para sanar os problemas, o MPE pode ingressar com uma Ação Civil Pública.
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