quarta-feira, 31 de julho de 2013

Novo protesto do Passe Livre mobiliza efetivo policial e chega no Consórcio Grande Recife O grupo conseguiu ser recebido pela diretoria do Consórcio


Diario de Pernambuco

Publicação: 31/07/2013 18:54 Atualização: 31/07/2013 19:13
O “5º Ato - À luta, Recife”, movimento organizado pela Frente de luta pelo transporte público, Passe Livre, voltou às ruas na tarde desta quarta-feira. O chamado aconteceu pela rede social Facebook, mas não conseguiu reunir mais que 100 pessoas na Praça do Derby. Apesar do grupo de manifestantes ser pequeno, o número de policiais chamava a atenção. Cerca de 40 homens acompanhavam a movimentação, entre eles policiais da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM), da Rádio Patrulha e do 13º Batalhão. 

Enquanto os jovens ainda estavam concentrados, um policial abordou um dos manifestantes que usava a máscara dos Anonymous. A ação de revista e o questionamento sobre o porquê da não identificação gerou tumulto. Outros manifestantes consideraram a atitude policial uma intimidação ao grupo e um pré-julgamento pelo fato do rapaz está mascarado. 

“Cubro meu rosto porque este movimento não é meu isoladamente, não estamos lutando por melhorias para mim, mas para a coletividade. Não se pode achar que todos que usam máscaras vão cometer atos de vandalismos porque algumas pessoas se infiltram no grupo e cometem”, disse um dos jovens que preferiu não se identificar. Um dos membros da Frente de luta pelo transporte público, Pedro Josephi, viu a ação policial como a tentativa de criminalização dos movimentos sociais. “A nossa Constituição permite que a gente vá às ruas com máscaras. Não há nada de ilegal nisso”, argumentou Pedro Josephi.

O comandante do policiamento na área do Derby, capitão Guedes, explicou que o que houve foi procedimento normal. “Trabalhamos com contexto e baseado em informações do nosso grupo de inteligência. A abordagem e revista é até uma proteção para os próprios manifestantes, para identificar se há alguém que se infiltrou para furtar, cometer vandalismos. É o nosso trabalho”, disse o capitão. Sobre o grande número de efetivo para um protesto pequeno, ele justificou que esperava uma concentração maior de pessoas no protesto. “De qualquer forma polícia nunca é demais”.

O grupo passou cerca de duas horas na praça do Derby e depois seguiu rumo a sede do Grande Recife Consórcio de Transporte na tentativa de entregar os 13 pontos da pauta de reivindicação, entre elas a tarifa única nos transportes públicos e a abertura das contas das empresas de ônibus. Cerca de 10 manifestantes estão sendo recebidos neste momento pelo diretor-presidente do Consórcio, Nelson Barreto de Menezes.

O último ato do grupo foi em 26 de junho. Eles foram até a sede do governo, mas não conseguiram entregar ao governador as reivindicações.

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