sexta-feira, 27 de julho de 2012

Publicitário: MP denuncia PMs por homicídio


Segundo o MP, policiais tiveram a intenção de matar e também mexeram no local do crime, há cerca de uma semana, em São Paulo


Da Redação, com Rádio Bandeirantes noticias@band.com.br


O MP (Ministério Público) vai denunciar por homicídio doloso qualificado (quando há intenção de matar) e fraude processual os três policiais militares que atiraram em o publicitário Ricardo Aquino, de 39 anoos, no Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, há cerca de uma semana.

O inquérito sobre a morte de Ricardo Prudente de Aquino foi relatado, nessa quinta-feira, pela Polícia Civil. De acordo com o MP, há imagens queflagram os agentes mexendo na cena do fato.

Os militares alegam que só abriram fogo contra a vítima após uma perseguição porque confundiram um celular com uma arma. Eles também dizem ter apreendido uma quantidade de maconha no veículo, afirmação desmentida pela família da vítima.

Liberdade provisória

Na noite de ontem, os PMs ganharam liberdade provisória. A decisão foi do desembargador Willian Campos, da 4ª Câmara de Direito Criminal. A liminar em habeas corpus concede liberdade provisória aos policiais militares Luis Gustavo Teixeira Garcia, Adriano da Costa da Silva e Robson Tadeu Nascimento Paulino.

Entretanto, os agentes respondem a um processo no no Tribunal de Justiça Militar, o que faz com que eles continuem detidos.

Reconstituição

Também na noite dessa quinta-feira foi realizada a reconstituição do crime. Os policiais participaram da ação, que aconteceu em horário parecido com o do crime, há uma semana (veja como foi a reconstituição).

O caso

Ricardo Aquino seguia em seu carro pela avenida das Corujas, no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital, quando teria ultrapassado o bloqueio policial e foi baleado.

Segundo a Polícia Militar, ao furar o cerco, Aquino “despertou a atenção dos patrulheiros, que começaram um acompanhamento. Outra equipe que participou do cerco parou a via para tentar interceptar o veículo, mas o veículo de Ricardo bateu na viatura”.

A corporação informou ainda que os policiais teriam confundido o aparelho de celular do publicitário com uma arma e por isso atiraram. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.

Nenhuma arma foi encontrada no carro de Aquino, ainda segundo a polícia. Em nota, a corporação afirmou que o caso será apurado com rigor, “pois dão indícios de falhas de procedimento inaceitáveis”. A Polícia Militar pediu “desculpas à família, à sociedade e esclarece que, após as apurações, os envolvidos pagarão pelos seus erros na medida de suas atitudes”, diz ainda o texto.

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