sexta-feira, 27 de julho de 2012

A principio os PMs são as vítimas e as armas deles é que são recolhidas!

Armas de PMs de UPP atacada no Complexo do Alemão são recolhidas para

Do UOL, no Rio

O armamento utilizado pelos policiais militares da UPP Nova Brasília, no Complexo do Alemão, no momento em que a base foi atacada a tiros por criminosos --uma soldado da PM morreu na ocasião--, foi recolhido por agentes da Divisão de Homicídios (DH) e encaminhado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli, responsável pela perícia. O atentado ocorreu na segunda-feira (23).
A polícia não informou de que forma isso ajudará nas investigações. O delegado titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, confirmou nesta sexta-feira (27) que as diligências estão avançando (principalmente após a prisão de um dos acusados de participar do ataque), e que a reconstituição do crime não será necessária.

Barbosa disse ainda que a localização da vítima fatal do atentado, a soldado Fabiana Aparecida de Souza, 30, que foi atingida por um disparo de fuzil, evitou que os criminosos provocassem estragos ainda maiores ao contêiner-sede da UPP Nova Brasília.

Na ocasião, a PM estava voltando para a base após fazer um lanche em um estabelecimento próximo. "Eles queriam atingir a sede da UPP e, em razão da localização dela naquele momento, ela evitou um mal maior, que seria um ataque muito maior à sede", disse o delegado em entrevista à rádio "CBN".

De acordo com o último boletim do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, divulgado desta quinta-feira (26), a polícia recebeu 60 ligações com informações a respeito do ataque à UPP Nova Brasília.

A partir dos dados fornecidos de forma anônima pelos moradores da região, a polícia define alterações táticas na série de operações deflagradas após o atentado contra a UPP. As denúncias estão sendo checadas pela Coordenadoria de Inteligência (CI) da Polícia Militar, responsável por articular as diligências comandadas pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Prisão de RG

Agentes da Divisão de Homicídios prenderam na madrugada desta quinta-feira (26) o acusado de homicídio, tráfico de drogas, roubo de automóveis, entre outros crimes, Régis Eduardo Batista, o "RG", 24, que também é suspeito de ter participado do ataque à base de polícia pacificadora na favela Nova Brasília. Ele já tinha contra si 27 mandados de prisão.

Batista seria, de acordo com as investigações, um dos principais aliados de Luís Fernando Nascimento Ferreira, o "Nando Bacalhau", apontado como o chefe do narcotráfico nas favelas do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte.

RG foi localizado pelos agentes da DH no próprio morro do Chapadão e não ofereceu resistência à prisão. Além dele, 17 suspeitos já foram detidos desde que as forças policiais deflagraram uma série de operações em resposta ao atentado contra a UPP Nova Brasília e à morte da PM Fabiana Aparecida de Souza, 30, atingida por uma bala de fuzil na última segunda-feira (23).

A polícia ainda tenta localizar e prender outros seis criminosos vinculados ao tráfico de drogas do Complexo do Alemão, dos quais quatro foram identificados. São eles Régis Eduardo Batista, o RG, que já foi preso; e Ilan Nogueira Sales, o "Capoeira", Alan Ferreira Montenegro, o "Da Lua", e Fernando Cezar Batista Filho, o "Alemão", que continuam foragidos.

"Nós já sabemos quem são esses marginais, vamos em busca deles e eles serão vítimas de suas próprias ações", afirmou. "Eles terão a dura resposta da Polícia Militar", afirmou o major Ivan Blaz, do Bope.

Segundo o Batalhão de Operações Especiais (Bope), houve uma mudança tática para intensificar as buscas pelos criminosos. Após o ataque à sede da UPP, a Secretaria de Segurança havia anunciado que o Bope permaneceria por tempo indeterminado no Alemão. No entanto, depois que a inteligência da PM constatou que os bandidos estariam fugindo do Alemão, os policiais passaram a atuar em outras áreas da zona norte.

"Nós vamos conseguir provocar a movimentação destes marginais, e, com o apoio da população, conseguir em breve a prisão deles. Estamos dando início a uma série de operações, quer seja no Complexo do Alemão, quer seja em qualquer comunidade do Rio de Janeiro. Não descansaremos até que estes marginais sejam presos", afirmou Blaz.

Apologia no Facebook

Um homem de 30 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (26) após publicar em sua página no Facebook mensagens exaltando o ataque de criminosos a uma base de polícia pacificadora, há três dias, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.
Identificado apenas como "Dudu do Complexo", o suspeito foi localizado no próprio Complexo do Alemão por policiais da UPP Nova Brasília, a mesma que foi alvejada pelos traficantes da região. Na ocasião, a soldado da PM Fabiana Aparecida de Souza, 30, morreu após ser atingida por uma bala de fuzil.

No Facebook, o homem detido explicita em vários momentos a sua satisfação com a morte da policial militar e afirma que "a volta será triste" (em referência a uma suposta tentativa, por parte dos traficantes de drogas, de retomar o controle da região).
Dudu do Complexo ainda exalta a atuação de um grupo conhecido como "bonde do trem bala", que seria, segundo a polícia, uma subdivisão da facção criminoso que controlava os territórios do Alemão e da Penha antes da operação que culminou com a ocupação policial permanente, em novembro de 2010.

A Polícia Civil ainda não esclareceu se o homem preso por fazer apologia ao crime tem, de fato, ligação com o tráfico de drogas. Em depoimento prestado na delegacia da Penha (22ª DP), o suspeito afirmou que trabalha com promoção de eventos. Em seguida, Dudu foi levado à 38ª DP (Brás de Pina), que está investigando a vida do acusado.



Fonte: uol

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