sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Rio acerta envio de 14 mil homens do Exército e FNS em caso de greve

Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

O Exército e a Força Nacional de Segurança já acertaram, preventivamente, a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio de Janeiro em caso de greve da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A Polícia Civil também ameaçava parar. Uma assembleia marcada para a noite desta quinta-feira vai definir se essas categorias vão mesmo cruzar os braços a partir de amanhã.

Um esquema de emergência para manter o atendimento à população normalizado mesmo em caso de greve já foi traçado, segundo o comandante dos Bombeiros, coronel Sérgio Simões. As cúpulas dos Bombeiros e da Segurança Pública do Rio se reuniram na manhã de hoje com o Comando Militar do Leste (CML) para definir o emprego de homens do Exército e da Força Nacional de Segurança.

Simões detalhou que foram colocados à disposição 14 mil militares do Exército e outros 300 da Força Nacional. Os homens do Exército seriam voltados para substituir o efetivo da Polícia Militar, e os da Força Nacional fariam o trabalho dos Bombeiros.

"Temos um esquema montado para que, mesmo com efetivo reduzido, possamos atender à população de forma satisfatória", afirmou.

Todo o efetivo dos bombeiros (16 mil) foi colocado de prontidão a partir de hoje. Os 700 bombeiros em regime de instrução estão sendo deslocados para ações operacionais, e os militares em funções administrativas, que totalizam cerca de 2 mil, também poderão ser deslocados a qualquer momento. Simões explicou que já conversou com esses segmentos e não conta com a adesão desses grupos à greve. Por dia, são alocados de 1,5 mil a 1,8 mil militares em regime de serviço. "O pior cenário não prevê uma paralisação geral da corporação", resumiu Simões.

Apesar de trabalhar com a possibilidade de paralisação, Simões considera inaceitável e "absurda" uma greve da corporação. "Foi colocado como única condição de negociar a greve, o que nos coloca numa posição de não negociar. Não pode haver greve no Corpo de Bombeiros", afirmou Simões, em entrevista coletiva, no Rio.

Para Simões, o que está em questão é a vida de pessoas, e não o código militar, que proíbe que os bombeiros cruzem os braços. "Não é uma relação de capital e trabalho, e sim de vida e morte", disse.

Fonte: terra

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