quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E os PMs são de ferro é cidadão, os PMs não descansão não? Já pensou se esse cidadão chega a governador de Estado?



E sobrou para as bandeiras com mastros... Lamentável!


Os estádios paulistas seguirão sem bandeiras com mastros como existem e enfeitam os espetáculos em outros importantes centros do futebol do país como no Rio de Janeiro, por exemplo. O projeto de lei, aprovado em agosto, previa o retorno das bandeiras, porém o governador Geraldo Alckmin vetou nesta quarta-feira a volta do acessório aos estádios. Surpresa? Claro que não, sobretudo pelo fato de a decisão ficar nas mãos de governantes que não querem mostrar a cara, tampouco se expor para a sociedade.

Vivemos um período delicado, cujos deveres existem e nós, cidadãos, somos cobrados a cumpri-los. Porém na hora dos direitos o retorno não existe. Gostaria de repudiar aqui a decisão do governador paulista, pois há tempos crítico esse comodismo que tomou conta das autoridades, em especial da Polícia Militar. No caso da PM, ela não quer saber das bandeiras com mastros, não autoriza dois jogos no mesmo horário na capital e por aí vai.

Diante de tantas imposições, pergunto: Mas a PM não está aí para servir e proteger o cidadão? É uma vergonha uma corporação importante como a Polícia Militar tomar posições assim, de um simples veto, e ter o apoio dos seus superiores. E os impostos pagos por mim, por você que lê este texto e os demais cidadãos? A PM tem a obrigação de dar segurança aos espetáculos, sejam eles marcados no mesmo dia e no mesmo horário e ponto final. A segurança é de sua responsabilidade ou não?

No caso das bandeiras, foi mais cômodo para Geraldo Alckmin derrubar o projeto numa canetada. Assim ele evita se expor diante de qualquer problema que pudesse vir acontecer e afetar a imagem de sua gestão à frente do governo paulista, além de ficar “de bem” com a PM. Uma posição lamentável, medrosa e que garante menos brilho aos espetáculos da bola no estado de São Paulo.

A sociedade precisa tomar uma posição diante da realidade. Não me refiro agora apenas ao veto das bandeiras, que é um assunto até que pequeno se comparado aos demais problemas que assolam a vida de nós, cidadãos. É chegada a hora de cobrar os governantes diante da violência descabida no futebol, por exemplo, como a agressão de um grupo de torcedores ao jogador João Vitor, do Palmeiras. Assim como a PM precisa também ser cobrada de forma firme por quem manda diante da postura frouxa e pouco eficiente no embate contra estes bandidos que levam o terror aos estádios.

Os promotores que adoram aparecer quando o assunto é “torcida organizada” agora não aparecem mais. Fernando Capez entrou para a política, via esporte, e sumiu do mapa. Já Paulo Castilho, o atual homem responsável por peitar as facções, sumiu de cena, não aparecendo nem neste triste episódio da agressão de organizados ao atleta do Palmeiras.

Um veto como o do retorno das bandeiras aos estádios paulistas nada mais é que uma triste fuga da realidade. É ilusão imaginar que os mastros de bambu é que fariam aumentar a violência nos estádios de futebol. Todos sabem que as brigas com mortes são marcadas através das redes sociais e acontecem longe dos estádios. Por isso é preciso encarar a realidade, mostrar a cara e cobrar de quem é preciso.

Faltou ao governador Geraldo Alckmin coragem para assumir tal decisão. O espetáculo paulista perde com a ausência das bandeiras com mastros, o cidadão de bem também sai derrotado, enfim, mais uma vez as autoridades provam ter medo de encarar o problema, preferindo se acomodar diante de um veto, varrendo o lixo para debaixo do tapete.

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