domingo, 20 de junho de 2010

Acordo sela paz entre PM e Associações

Jornal Diário da Manhã


Representantes da sociedade elogiam intervenção do editor-geral do DM, Batista Custódio, em pacificar policiais

Eliane Barros

Acordo realizado em reunião na casa do jornalista Batista Custódio, editor-geral do DM, estabeleceu que comando geral da Polícia Militar de Goiás negociará mudanças na proposta apresentada pelo governo. Na ocasião, o comando acertou que o major Araújo participará das ações a serem tomadas até o dia da assembleia da categoria que analisará o projeto.

Em uma ação nunca registrada pela PM do Estado, o jornalista, escritor e editor-geral do Diário da Manhã, Batista Custódio, intermediou na quarta-feira (16) diálogo entre o comandante geral da PM no Estado, Carlos Antônio Elias, e o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (Assof), major Júnior Alves Araújo, que há duas semanas gerenciaram conflitos envolvendo policiais militares. De um lado, o comandante Carlos Antônio defendeu a postura estabelecida pelas regras da legislação militar, acatando a orientação do Ministério Público Estadual de punir militares grevistas. O major Araújo, por sua vez, defendeu a ideia de manifestação por parte dos militares, que ao se aquartelarem por reajustes salariais, acabaram por ser indiciados em crimes militares.

Desde o último dia 31 de Maio, o DM foi o palco de debates acalorados entre o major Araújo e comando geral da PM, ocasionado pela revolta da associação presidida por Araújo, que manifestaram indignação com a apresentação de proposta de salários durante a madrugada. Araújo defendeu a ideia de que propositadamente, ele, como presidente de uma associação que se revoltara, ficou de fora de decisões importantes. Segundo o comandante da PM, falsas informações trazidas por outras pessoas o fizeram reagir negativamente em relação ao major. Elias afirmou que por não conversar diretamente com Araújo nos últimos dias, credibilizou informações trazidas por terceiros.

A reunião ocorreu na residência de Batista, no setor Nova Suíça. Do início ao fim, o jornalista conduziu a intermediação entre um comandante do Estado e um representante de uma categoria. Ideias foram expostas e cada um entendeu o ponto de vista do outro. O princípio da luta pela categoria foi respeitado pelo comandante, que pediu ao major mais controle nas reivindicações.

Para o tenente-coronel Sérgio Katayama, chefe da Inteligência da PM, Batista Custódio teve a nobre atitude de intervir em uma discussão militar. Batista é um civil e se propôs a mediar conversa entre dois militares em conflito pessoal. “O Batista é homem generoso a quem admiro. Ele, como todos da corporação, também estava preocupado com os rumos que caminhava o conflito”, diz.

Comandante da 16° CIPM em Aparecida, major Newtom Castilho esteve presente na reunião e afirmou que a polêmica divergência entre comando e associação deixou em crise a corporação. Responsável por 49 bairros de Aparecida e ainda Aragoiânia, ele chamou de histórica a intervenção de Batista, visto que Araújo e Elias, já não se comunicavam.

Fonte: http://coronelantonio.com.br/2010/06/19/acordo-sela-paz-entre-pm-e-associacoes.htm

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