Informação policial e Bombeiro Militar

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Polícia Militar deveria ser remunerada para trabalhar em partidas de futebol?

Ceará 

André Victor Rodriguesandrevictor@opovo.com.br
PMs trabalham nos estádios cearenses como um plantão normal, sem extras a acrescentar

No último mês de setembro, reportagem do jornal Folha de S.Paulo levantou que cada policial militar recebe bônus de R$ 30,21 por hora para trabalhar em uma partida de representantes do futebol paulista no Campeonato Brasileiro. Os times gastam 22% da arrecadação de uma partida com segurança. A medida, em prática desde o início de 2014, visa contemplar a corporação direcionada à missão de evitar novos casos de violência nos estádios.

Seguindo a mesma linha de combater confrontos e vandalismos, o futebol cearense teve, neste ano, operações policiais reforçadas para jogos de maior porte. Contudo, sem o retorno financeiro visto no Sudeste. Uma futura repetição da prática que ocorre em São Paulo, segundo o comando da PM no Ceará, seria o ideal para que a segurança das redondezas dos estádios, nos dias de jogos em Fortaleza, fosse feita com estrutura cada vez melhor.

“O que ocorre em São Paulo hoje é contrato feito pelo Governo do Estado e clubes. A prática disso varia de federação para federação no País. Eles (policiais) recebem por hora trabalhada no dia de jogo. Aqui no Ceará, ainda não é dessa forma. Para a Polícia Militar seria interessante contar com esse tipo de política, mas nunca houve nenhum planejamento neste sentido”, explicou o tenente-coronel Aginaldo Oliveira, do Batalhão de Policiamento de Eventos da Polícia Militar.

Aginaldo conta que o dinheiro arrecadado pelo efetivo é repassado para a corporação - logo após a publicação do borderô. A verba proveniente das partidas de futebol viabilizam equipamentos para ser utilizados pelos policiais no dia a dia.

SEM CUSTOS
Os públicos expressivos no Castelão em 2014 exigiram plano de segurança especial. Como de praxe, antes de cada partida, os representantes de clube mandante, Federação Cearense de Futebol (FCF) e cada parte envolvida na cobertura do evento (PM, Guarda Municipal e Autarquia Municipal de Trânsito) se reúnem e definem quantas pessoas se envolvem na operação. Para a PM no Ceará, o dia de plantão futebolístico é tratado como um plantão normal, sem extras a acrescentar.

“Os clubes responsáveis pelos jogos fornecem alimentação, mas não há nenhum outro custo referente ao trabalho dos policiais militares. Nem para clubes e nem para a Federação”, destacou Aginaldo.

O diretor de competições da FCF, Josimar de Carvalho, afirmou ao O POVO desconhecer que em outros estados há prática de ganho por hora trabalhada para policiais. “É por isso que existe um batalhão de eventos, para não atrapalhar a segurança pública”, disse. Segundo ele, nunca houve propostas para mudar a logística que é atualmente praticada no futebol local. “Os órgãos de segurança sempre foram muito parceiros e compreenderam nossa forma de trabalho.”


Fonte: O Povo 

Um comentário:

  1. O interessante senhores,
    É que aqui no Estado de Pernambuco o policial militar paga para trabalhar. É verdade. Em que sentido? Rotineiramente somos escalados no segundo dia de folga e não recebemos o pjes, no batalhão foi criado uma espécie de "banco de horas" que é dado a folga ao bel prazer do comandante. Nós temos que nos deslocar até o batalhão, gerando despesas para o policial, como também, comprar uma alimentação de qualidade, visto que, o clube não a oferece. Infelizmente essa é a relidade do Estado de Pernambuco, Estado rico, mas os seus policias sem apoio desse mesmo Estado, são sacrificados no horário de suas folgas e ainda "pagam" para trabalhar. E se for requerer um direito ou contestar as escalas indevidas os policiais estão passíveis de punições. Triste realidade da vanguarda da polícia militar.
    sd. Anônimo
    115milhões

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