Informação policial e Bombeiro Militar

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

TAF ou querer colocar impecílio para não promover?


Morte de PM que treinava para promoção expõe insatisfação da categoria



O soldado Valdecir Uhillyg da Silva, que era membro do 10º Batalhão da Polícia Militar, em Guarapari, enfartou na noite de sábado enquanto treinava para o Teste de Aptidão Física (TAF)


A morte de um soldado da Polícia Militar, de 43 anos, em Guarapari, neste sábado (04), trouxe à tona a insatisfação de toda uma classe de policiais com a forma como é realizada hoje no Estado a promoção de praças (soldado, cabo, sargento e subtenente) para patentes mais altas.

O soldado Valdecir Uhillyg da Silva, que era membro do 10º Batalhão da Polícia Militar, em Guarapari, enfartou na noite de sábado enquanto treinava para o Teste de Aptidão Física (TAF) que faria no início dessa semana, segundo colegas. Ele teria sido avisado do teste no início da semana passada. Ele passou mal por volta das 20h30 durante caminhada na Praia do Morro.

Uma ambulância do Samu 192, esteve no local, prestou os primeiros, mas Uhillyg não resistiu. Ele havia saído do plantão, às 19h30. Seria a quarta tentativa dele no TAF, para ser promovido a Cabo. O soldado trabalhava há 21 anos na polícia.

O teste

Para ser promovido a cabo, o praça deve fazer ou uma prova escrita ou estar há pelo menos cinco anos na polícia. Em ambos os casos, é obrigatório passar pelo TAF. Mas policiais com mais de 20 anos de carreira (caso do Uhillyg) ainda são soldados.

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O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Flávio Gava, destaca que em Estados vizinhos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, não é necessário o teste físico. O problema para os policiais, segundo a associação, não seria o teste em si, mas a falta de condições para que os policiais se preparem.

"Não oferecem treinamento físico. Querem que o policial se vire e treine por conta própria. Isso cria uma frustração. A polícia não oferece treinamento mas cobra condições físicas. Que a PM dê, durante a própria escala do policial, condições para se cuidar, como acontece com os bombeiros. Se isso não acontecer, vai continuar morrendo policial no Espírito Santo", diz Gava.

A Polícia Militar do Espírito Santo informou que não poderia comentar o caso pois ontem, por ser domingo, não teria condições de levantar informações sobre o policial. Comentarão as reclamações da associação após analisar o caso do soldado Uhillyg.

Fonte: Gazeta online

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