sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

UM HOMEM, UM IDEAL E VÁRIAS REALIDADES ATRAVÉS DA BOLA



Para 200 meninos da Vila do Buriti, o futebol é o sonho que pode virar realidade


Se para alguns jovens a copa Tareco de Futebol é uma oportunidade de conseguir espaço no mundo da bola, para outros representa escrever uma história na página da vida de personagens anônimos que amam o futebol e, através dos esportes, têm afastado adolescentes da violência e de outro mundo: o das drogas.

Com quase 21 anos de serviço na Polícia Militar de Pernambuco e atualmente trabalhando no 17º Batalhão, em Paulista, o capitão Anderson Garcia, 39 anos, é um exemplo de quem acredita que o futebol transforma vidas e renova a esperança para uma sociedade sem violência.

Filho do ex-jogador Garcia, que defendeu, na década de 70, as camisas do Vasco da Gama/RJ, América de Natal/RN, além do Sport Clube Recife, onde parou de jogar futebol por conta de uma fratura no pé, o capitão Cleiton Garcia também adotou o nome do pai no mundo da bola, só que no futebol de salão, onde defendeu a Votorantim nas categorias de base, sendo campeão nos anos de 1993 e 94. Já como oficial, levantou os títulos de 2002 e 2003 pelo Santa Cruz e 2004 pelo Náutico, encerrando a carreira no ano de 2010 pelo time coral, aos 34 anos.

No início do ano de 1995, com a aprovação no Curso de Formação de Oficiais da PMPE, o destino mudava os planos para o jovem Garcia, que aos 17 anos acabava de acertar sua ida para defender o time de FUTSAL da Perdigão, no Sul do país, que, com a carreira militar, alcançava uma realização pessoal e a segurança que o futebol não poderia lhe proporcionar.

Se para os Garcia os gramados ou as quadras não renderam a fama tão sonhada por eles e pela maioria dos jovens, foi através da modalidade que o prodígio fez nascer um projeto vitorioso, que se tornaria uma arma contra as drogas para os jovens carentes na região Norte do Recife: O Projeto Seja Um Craque Contra o Crack.

Através do projeto, o capitão Cleiton Garcia aproveitou a permanência no então Centro de Educação Física da PM, nos anos de 2008 a 2012, para por em prática o futebol para jovens carentes e em situação de risco, com a obrigatoriedade de estarem matriculados na rede pública e privada de ensino.

Morando desde os cinco anos de idade na vila do Buriti, no bairro da Macaxeira, de onde nunca saiu, o ex-jogador, com o apoio de mais três amigos, passou a implementar o projeto para os jovens da comunidade local, nascendo a Escolinha de Futebol Buriti, que atende 200 crianças e adolescentes da região.

Em sua primeira participação na Taça Recife de Comunidade – TARECO, o Buriti chega as finais da 3ª edição, que reuniu 32 equipes de futebol com garotos entre 13 e 15 anos, contra o time da comunidade de San Martin, zona Oeste do Recife. O jogo decisivo acontece no campo do Quartel do Derby, em partida que será realizada no próximo sábado, às 10h.



MAIS INFORMAÇÕES: 9-8581.8031 (CAPITÃO GARCIA)

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