segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O deputado estadual Joel da Harpa havia apresentado, no começo do mês, um projeto de lei que previa o tratamento psiquiátrico para os profissionais da segurança pública. Informa Blog de Jamildo.



Na Alepe, projeto previa tratamento psiquiátrico para profissionais da segurança pública

Foto: Fernando da Hora/JC Imagem.

Viatura onde soldado matou um colega de trabalho em serviço. Foto: Fernando da Hora/JC Imagem.

Sem alarde, o deputado estadual Joel da Harpa havia apresentado, no começo do mês, um projeto de lei que previa o tratamento psiquiátrico para os profissionais da segurança pública.

Em função da tragédia deste final de semana, quando um soldado matou um colega de trabalho em serviço, o parlamentar informou que vai pedir celeridade na avaliação do projeto.

“O soldado que atirou passou por problemas psiquiátricos e provavelmente não foi bem tratado ou seu diagnóstico não foi correto”, comentou.

Pelo projeto, os policiais teriam que passar, de forma obrigatória, semestral e o acompanhamento por profissional da psicologia e assistente social.

“Ao fim de cada consulta ou acompanhamento caberá aos psicólogos e assistentes sociais fazer o levantamento do quadro clínico, os procedimentos adotados nos tratamentos já feitos e os em andamento, com o fim de manter-se atualizada o grau psíquico dos agentes da segurança pública e assim tomar as providencias necessárias, se for o caso”, define a iniciativa.

Veja abaixo a justificativa apresentada pelo deputado para o projeto:

De acordo com a Constituição Federal em seu dispositivo, legal do art. 24, inciso XII, consta que compete aos Estados legislar sobre, dentre outras matérias, a defesa da saúde. Assim integra-se nesse, em sentido amplo, a saúde mental que deve ter uma especial atenção, pois em consequência é que se deriva pensamentos e ações. Enquadrando essa colocação e preocupação ao acompanhamento por profissionais da área de saúde, como de psicólogos e assistentes sociais para aqueles que fazem parte da segurança pública, se coloca de estrema importância.

Infelizmente nos deparamos com situações lastimáveis em que agentes da segurança pública constantemente atenta contra a própria vida. Tal situação em que nos deixa perplexos e nos faz refletir sobre o que leva uma pessoa ao suicídio, e por se tratar de agentes da segurança pública a circunstância se agrava, pois sabemos que esses profissionais estão expostos a uma intensa pressão psicológica , sendo esta contraída pela diversas ocorrências; pela exposição ao perigo constante ou simplesmente o stress causado pela rotina policial que somado a problemas pessoais causam um aumento de tensão, consideravelmente perigosa à saúde mental destes profissionais.

Diante disso, há necessidade de zelar pela saúde dos nossos agentes de segurança pública, principalmente pela saúde intelectual. Estamos tratando de profissionais que por muitas vezes arriscam a própria vida em nome da ordem social, são profissionais dedicados aos cumprimentos de suas obrigações, pais de família, que deixam parentes sem que possa traduzir verdadeiro sentimento da perda e muito menos o motivo da real ação que faz com que os agentes cometam suicídios.

Ora, assim como deve-se fornecer uma atenção diferenciada a esta categoria, dispondo de meios como tratamentos, consultas e acompanhamentos psicológicos, deve-se colocar a estes profissionais a cada levantamento feito, um curso de reciclagem com fim de capacitar estes membros e averiguar se estão aptos, visto que por muitas vezes, a depender do grau de depressão ou stress, não poderiam nem estar portado arma de fogo, pois levariam a riscos não só sua vida mais também a sociedade.


Fonte: Blog de Jamildo 

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