domingo, 5 de julho de 2015

Aplicativo ajuda a polícia a prender mais de 10 mil bandidos em um ano


Ao todo, 120 mil carros foram recuperados com ajuda da ferramenta, que pode ser consultada por qualquer pessoa. Tudo é sigiloso.
04/07/2015 22h20 - Atualizado em 04/07/2015 22h20

Um aplicativo de celular já ajudou a polícia a prender mais de 10 mil bandidos em um ano. Qualquer pessoa pode ter acesso às informações de quem tem um mandado de prisão e, se encontrar um suspeito, é só chamar a polícia.

O capitão Flávio Alencar, comandante da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), uma tropa de elite da Polícia Militar de Brasília, já perdeu as contas de quantos bandidos prendeu depois de consultar o aplicativo Justiceiro, da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

“Mais de 90% da Polícia Militar utilizam esta ferramenta todos os dias. Eu tenho certeza de que, neste momento, alguma viatura da Polícia Militar está utilizando esta ferramenta e prendendo alguém”, diz o comandante.

O aplicativo não é importante só para polícia. Ele pode ser consultado por qualquer pessoa antes de contratar um funcionário para trabalhar em casa, que não tenha referência.

A consulta é simples e não dura um minuto. Basta colocar o nome da pessoa, da mãe e, se tiver, o número de um documento de identificação. Imediatamente sai o resultado. O aplicativo pode ser usado também para saber se um carro suspeito estacionado perto de casa é roubado e consultar o banco nacional de pessoas desaparecidas. Tudo é sigiloso: não fica registrado o nome da pessoa e nem o local da consulta.

Ao todo, 120 mil carros foram recuperados com ajuda do aplicativo. O juiz decide se o nome do bandido pode sair no aplicativo antes da prisão. Mas e o criminoso? Ele também não pode usar o programa e saber que está sendo procurado?

“Nós consultamos uma autoridade policial sobre isso e ele nos disse o seguinte: ‘Olha, se eu tenho o endereço e sei onde a pessoa está, peço para os policiais irem buscar e, então, peço sigilo neste mandado. Mas se eu não tenho, preciso do apoio da população. Então, quantas mais pessoas tiverem acesso à essa informação, serão mais olhos a buscar este criminoso’”, Regina Miki, secretária nacional de Segurança Pública.

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