terça-feira, 2 de junho de 2015

Sobre a impossibilidade do governo de Pernambuco conceder o reajuste aos seus servidores, o Cabo Albérisson, Cordenador Geral da ACS-PE, disse o seguinte: “Pelo que a gente sente, a categoria não está disposta a esperar. A gente já deu um voto de confiança no Carnaval e o governo toda vez quer se aproveitar. Quando chegar em agosto, eles vão pedir para esperar outro quadrimestre. Aí termina 2015 e a gente não consegue nada”, mas os sindicatos cobram uma sinalização para o futuro do governo de Pernambuco. Veja o que pensam os sindicatos de servidores civis e a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados.


Sem poder ganhar reajuste, sindicatos cobram sinalização futura do governo


Balanço do primeiro quadrimestre estourou limite prudencial de gasto com pessoal

Paulo Veras

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Sintepe quer uma proposta de médio e longo prazo para dobrar salário dos professores
Sintepe quer uma proposta de médio e longo prazo para dobrar salário dos professores
Foto: reprodução/Sintepe

Impossibilitados de receber reajustes do governo estadual, os principais sindicatos de servidores estaduais já trabalham para obter sinalizações de que os benefícios pleiteados serão conquistados quando o cenário de arrecadação melhorar. “A gente compreende que a questão dos limites legais tem efeito. Mas a gente também entende que dentro de um processo de negociação o governo poderia acenar com alguma coisa para o futuro”, diz Fernando Melo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). Ele defende que o Executivo elabore uma proposta de médio e longo prazo para cumprir a promessa de campanha de dobrar o salário dos professores. 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis de Pernambuco (Sindserpe), Renilson Oliveira, defende que o governo apresente aos sindicatos um plano para ampliar a arrecadação que assegure um cenário fiscal mais favorável no futuro. “Ele teria que apresentar ações governamentais que a gente pudesse ver o crescimento das receitas e essa discussão (sobre os reajustes) pudesse ir para a frente. Até agora, ele apresentou apenas não dar reajuste”, cobrou. “O governo está vindo com um discurso de que vai manter o pagamento dos servidores em dia. Pagamento em dia não é milagre, é dever do Estado”, disse.

Para Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), a categoria pode negociar para os próximos meses demandas como a equiparação entre policiais e delegados da gratificação de risco de vida. Para isso, é preciso que o Executivo apresente “uma resposta concreta e positiva” na mesa de negociações. “A gente está tendo toda a paciência que o governo está pedindo. Estamos abertos ao diálogo”, explica.

A situação dos policiais militares é mais delicada, já que eles têm data-base neste mês. “Pelo que a gente sente, a categoria não está disposta a esperar. A gente já deu um voto de confiança no Carnaval e o governo toda vez quer se aproveitar. Quando chegar em agosto, eles vão pedir para esperar outro quadrimestre. Aí termina 2015 e a gente não consegue nada”, disse o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Alberrison Carlos

Fonte: JC NE10

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