A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nesta sexta-feira (27) o vídeo onde policiais militares de Roraima agridem o advogado Kairo Ícaro, de 26 anos, no 5º Distrito Policial, em Boa Vista. As imagens são do circuito interno da delegacia e foram cedidas à OAB. De acordo com o governo, foi instaurado uma sindicância na Corregedoria da Polícia Militar para apurar as circunstâncias do incidente ocorrido no dia 19 de março. (Veja vídeo ao lado)
Nas imagens, o advogado, que está de camisa azul, aparece conversando com o cliente e em seguida se dirige a um dos policias que está próximo ao balcão da delegacia. Em seguida, dois policiais militares se levantam para falar com Ícaro. Segundos depois, outro policial também levanta e os envolvidos parecem inciar uma discussão.
As imagens mostram um policial empurrando o advogado, que fica cercado pelos PMs em um canto da delegacia. Ícaro é puxado pelos policiais e colocado ao lado de fora do balcão.
De acordo com a Secretaria de Comunicação do governo, os policiais identificados na imagens, que estavam envolvidos na ocorrência, foram afastados dos trabalhos na rua. Dentro de 30 dias, segundo a Polícia Militar, o procedimento de investigação será concluído.
"O Comando Geral da PMRR garante que a instituição se manterá no firme propósito de cumprir com sua missão e em momento algum compactua com desvios de conduta por seus integrantes", afirmou a assessoria da Polícia Militar.
A OAB comunicou que, diante do caso, fará ato público de desagravo contra as agressões sofridas pelo advogado. “É preciso que qualquer tentativa de retrocesso à época da barbárie seja repudiada de maneira célere e contundente”, citou o presidente da OAB, Jorge Fraxe, acrescentando que o órgão está tomando medidas judiciais contra os envolvidos.
Sobre a divulgação das imagens, o advogado Kairo Ícaro, disse que vai aguardar os procedimentos adotados pela Ordem.
Entenda o caso
O advogado Kairo Ícaro, de 26 anos, disse ter sido agredido por policiais militares no 5º Distrito Policial, em Boa Vistano dia 19 de março. Além da agressão física, ele afirma que teve a camisa rasgada, foi insultado e impedido de fazer seu trabalho.
Segundo Ícaro, ao chegar à delegacia ele entrou e ultrapassou um balcão da unidade com a finalidade de saber como estava o cliente e, de forma truculenta, os policiais militares teriam começado a agressão.
Após a suposta confusão, o advogado foi detido pelos policiais militares e só foi liberado ao assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) com a obrigação de retornar à delegacia para prestar depoimento. Ícaro registrou queixa contra os policiais por agressão e por ser impedido de exercer a profissão. A OAB classificou a suposta atitude dos policiais como "absurda, inaceitável e criminosa".
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