Policiamento em Copacabana está na mira do MP
Rio - O modelo de policiamento adotado pelo 19º BPM (Copacabana), com segurança privilegiada para cinco lojas de telefonia celular no bairro, será investigado pelo Ministério Público. O promotor Alberto Flores, da 2ª Promotoria de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital, afirmou que vai requerer a instauração de um Inquérito Civil Público.
Como O DIA publicou nesta quinta-feira com exclusividade, a decisão de mandar dois policiais passarem pelos estabelecimentos três vezes por dia, das 8h às 14h, e duas vezes, das 14h até o fechamento, foi assinada pelo comandante da unidade, Luiz Carlos Segala, e pelo major Heitor Sodré, responsável pelo planejamento operacional dos militares. A cada passagem os PMs têm que assinar ficha de comparecimento de policial militar. “Isso causa estranheza e chama muito a atenção. É preciso buscar explicações. Até porque é um planejamento que não é comum”, argumentou Alberto Flores. Segundo ele, o pedido de abertura de inquérito será distribuído para uma das oito Promotorias de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital.
Na tribuna da Assembleia Legislativa (Alerj) ontem, o líder do PR, deputado Rogério Lisboa, disse que também vai pedir investigação ao Ministério Público sobre o novo policiamento. “Enquanto na Baixada não tem um PM para colocar na porta das escolas, em Copacabana usam os policiais para segurança privada na hora do serviço”, protestou o parlamentar.
Segundo a assessoria de imprensa de Lisboa, ele hoje vai enviar ofício à Comissão de Segurança da Casa para que o órgão peça informações à PM se o modelo de reforço de policiamento adotado em Copacabana virou padrão na corporação e em quais outros bairros está sendo implantado. Esse questionamento foi feito ontem pelo DIA à assessoria de imprensa da corporação, mas até o fechamento desta edição não havia resposta. Na quarta-feira, a PM informou em nota oficial que a medida era preventiva para evitar assaltos.
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