ATENTADOS A POLICIAIS
Autoridades paulistas teriam interceptado telefonema de um detento do PCC, determinando a morte de policiais em todo país
Os atentados contra policiais militares e civis ocorridos em menos de 72 horas no Estado acenderam o alerta vermelho nas instituições da Segurança Pública.
Uma ligação telefônica foi interceptada por autoridades paulistas e repassada ao RS. Nela, um detento daquele estado determinava a matança de policiais civis ou militares de folga.
De sábado até terça-feira foram registradas seis ocorrências tendo como alvo cinco PMs e um policial civil. Dessas, duas resultaram em morte. Os ataques se concentraram na Região Metropolitana, quando os alvos não estavam de serviço.
Os ataques começaram na tarde de sábado, com o assassinato do sargento Sílvio Rodrigo dos Santos, 38 anos, alvejado por dois tiros, em Gravataí. No domingo, em Cachoeirinha, o soldado da reserva da BM Rosvel de Jesus Dendena, 44, foi morto em uma tentativa de assalto. Ainda no domingo um policial civil sofreu um atentado em Canoas.
Os criminosos sabiam quem era o “alvo”. Houve tiroteio e o veículo do agente foi levado pelos bandidos. Na segunda-feira, mais um sargento da BM foi atacado ao chegar em casa, no Parque dos Maias, zona Norte da Capital. O Fiat Siena do brigadiano foi roubado. Um suspeito de participar do crime ficou ferido e o cúmplice conseguiu fugir com o carro.
Um outro atentado, na noite de segunda, também teve como alvo um sargento. Ele teve sua residência atingida por disparos de arma de fogo, em Gravataí.
Segundo testemunhas, alguns suspeitos foram vistos na frente da casa do PM. O último ataque, na terça, ocorreu na zona Sul da Capital. Segundo brigadianos, seis homens teriam invadido a casa de um soldado, na Lomba do Pinheiro. Ele não estava no imóvel no momento do ataque.
Apenas sua esposa estava na casa, mas não ficou ferida.
Dezenas de PMs se uniram e realizaram protestos no RS.
Eles se mobilizaram contra a morte dos dois colegas e pediram segurança para trabalhar.
Os policiais começaram a usar uma fita preta no pulso quando em serviço em um protesto silencioso. Antes disso, duas rodovias foram bloqueadas no domingo e na segunda. Conforme entidades de classe, 12 PMs foram mortos em 2014, no RS.
Fonte: Hygino Vasconcellos e Jézica Bruno
Jornal Correio do Povo
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