segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Governador diz que não sabe se vai promover os policiais militares.

Pará 

Sandoval Cardoso diz que ainda não decidiu se vai promover militares e questiona ação do MPE: "Estão com poder de prever o futuro?"


Cleber Toledo

Da Redação

O governador Sandoval Cardoso (SD) criticou ao CT a ação cautelar com pedido de liminar, do Ministério Público Estadual (MPE), para tentar impedir as promoções de policiais militares que o Estado vai fazer neste mês. A ação, protocolada na 2ª Vara da Fazenda de Registros Públicos de Palmas, acusa o governo de realizar promoções "com evidente desvio de finalidade, acompanhado de vício de forma, e ocasionariam flagrante violação aos princípios da administração, notadamente os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência". "Estão agora com o poder de prever o futuro? Nem lei existe, nem promoção existe, e estão indo à Justiça? Isso é um absurdo!", reagiu Sandoval.



Foto: ATN
Sandoval Cardoso: ainda não decidiu se vai fazer as promoções por excepcionalidade
Ele negou as promoções tenham indicação política, como o MPE também acusa na ação. Segundo a 9ª Promotoria de Justiça de Capital, foi constatado que "diversos políticos do Estado" haviam indicado policiais militares a serem promovidos. Conforme o MPE, esta informação foi prestada pelo próprio comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Cláudio Benício.

A ação elenca os políticos que apresentaram suas indicações, seja ao governador Sandoval Cardoso (SD) ou ao comandante-geral da PM. São citados os deputados estaduais Eduardo do Dertins (PPS), com a indicação de 27 nomes; Stalin Bucar, com duas; e Toinho Andrade (PSD), com seis; os deputado federais Dorinha Seabra (DEM), com 23; e César Halum (PRB), com três; o senador Vicentinho Alves (SD), com dez; o ex-deputado Paulo Roberto Ribeiro, com 14; os vereadores de Palmas Pastor João Campos (PSC), Rogério Freitas (PMDB), Cleiton Cardoso (PSL) e Jucelino Rodrigues (PTC), com uma indicação cada.


O governador defendeu que não ocorrem intervenções políticas, mas pedidos de promoções que partiram "de todo o Estado". "E não só de políticos, mas de todos os setores, porque, quando todos viram que eu poderia fazer promoções de excepcionalidade, passaram a pedir. E pedir é crime? É contravenção?", questionou. Segundo Sandoval, os outros governadores também fizeram promoções de excepcionalidades. "Só o Gaguim fez mais de mil", contou.


Ele disse que não decidiu ainda se vai fazer essas promoções. "Estou pensando, mas existem injustiças que precisam ser corrigidas, como de militares que não foram promovidos em outros governos por perseguição política", ponderou o governador. Se decidir promover os militares, Sandoval terá que enviar à Assembleia uma medida provisória ou projeto de lei.


Matéria atualizada às 10h02

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