quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Policia cumpre mandados de busca contra 7 Oficiais e um Sargento!


Polícia cumpre mandados de busca contra PMs presos por corrupção, Rio

Ação tem como alvo oito réus presos na Operação Amigos S.A.
Investigação desarticulou esquema de propina no 14º BPM (Bangu).


Do G1 Rio
A Polícia do Rio faz uma operação, nesta quinta-feira (6), para cumprir 26 mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais de oito acusados na Operação Amigos S.A, que desarticulou no dia 15 de setembro um esquema de corrupção que tinha como base o 14º BPM (Bangu), na Zona Oeste do Rio. A ação foi resultado de uma investigação da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio.
O coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira foi um dos detidos na operação (Foto: Reprodução/TV Globo)O coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira
foi um dos detidos na operação
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Os mandados têm como alvo endereços de oito investigados. O ex-comandante  de Operações Especiais da PM, coronel Fontenelle; major Carlos Alexandre de Jesus Lucas; major Nilton João dos Prazeres Neto; capitão Rodrigo Leitão da Silva; capitão Walter Colchone Netto; major Edson Alexandre Pinto de Góes; capitão Diego Soares Peixoto; e o terceiro sargento Wallace Heiser, que não estava entre os investigados pela Operação Amigos S.A., mas foi apontado nas investigações como um dos sócios do coronel Fontenelle em várias empresas.

De acordo com as investigações, os acusados praticaram o crime de lavagem de dinheiro, ao realizar operações comerciais com o dinheiro obtido com propina. Os valores eram pagos por comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans, além de empresas transportadoras de cargas na área do batalhão.

Estão sendo apuradas a compra de imóveis e a abertura de empresas com o dinheiro obtido ilegalmente. Entre os imóveis investigados, estão uma casa de luxo em Búzios, na Região dos Lagos, e dois apartamentos (no Grajaú e em Jacarepaguá), que estavam em nome da mãe de Fontenelle, da irmã e dos oficiais, major Lucas e capitão Colchone.

De acordo com os promotores do Gaeco, a propina arrecadada foi utilizada “na compra de bens imóveis, alguns registrados em nome de terceiros, assim como objeto de lavagem, através da constituição de sociedades empresárias que, muitas vezes, não têm um funcionário sequer, mas provavelmente auferem lucros ilícitos ou fictícios”.
Todos os acusados são réus em processo criminal instaurado na 1ª Vara Criminal de Bangu, em razão da prática do crime de associação criminosa armada. Eles ainda serão responsabilizados pelo Gaeco pelos diversos crimes de concussão (extorsão cometida por servidor publico) perante a Auditoria de Justiça Militar estadual.
Outro caso de corrupção
Em outra ação de combate à corrupção dentro da Polícia Militar, o comandante do 17°BPM, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, e outros 15 policiais militares lotados na unidade foram presos no dia 9 de outubro.


Comandante e PMs são presos por suspeita de extorsão na Ilha (Foto: Reprodução/TV Globo)

Segundo a secretaria, as investigações constataram o envolvimento de policiais militares lotados no 17º BPM com traficantes de drogas na Ilha do Governador. Entre os presos estava o então comandante do batalhão, tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, que segundo informações contidas no boletim interno da PM, havia sido nomeado para assumir o CPE (Comando de Policiamento Especializado). Na ocasião da prisão, ele ainda não havia assumido o novo posto porque a mudança não havia sido publicada em Diário Oficial. A alteração faz parte de uma série de trocas de comando realizadas pela PM após a Operação Amigos S.A, que prendeu mais de 20 policiais do 14º BPM (Bangu), suspeitos de corrupção.
Sequestro de traficantes
De acordo com o MP-RJ, os PMs presos também estão envolvidos no sequestro de dois grupos de traficantes na cidade, no dia 16 de maio deste ano. Um deles seria do Morro do Dendê, Ilha do Governador, e o outro grupo de criminosos comandaria o tráfico em comunidades de Senador Camará, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, segundo nota, os policiais teriam exigido R$ 300 mil para a libertação dos traficantes. 
A ação dos policiais foi flagrada por uma câmera de segurança no local da ocorrência. Com os traficantes foram localizados quatro fuzis, 18 granadas, três pistolas, oito carregadores e munição. Também foram roubados cordões de ouro e relógios.

Ligação com chefe do tráfico
De acordo com as investigações, os policiais militares denunciados possuíam estreito laço com traficantes de drogas, em especial com o traficante Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, identificado como chefe de facção criminosa, que atua no Morro do Dendê.
Segundo a secretaria, foi comprovado que na ocasião do sequestro tanto o comandante do batalhão como o chefe do Serviço Reservado (P2) tiveram ciência do ocorrido e se beneficiaram financeiramente com o feito, sendo a quantia reservada ao comandante R$ 40 mil.

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