sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Governo tenta resolver impasse e votar projeto que beneficia policiais




por
Lilian Machado


Apesar da polêmica que ainda envolve a votação das Leis de Organização Básica da PM e Bombeiros, a expectativa do governo é que os impasses fiquem pra trás e as propostas sejam apreciadas no plenário da Assembleia Legislativa, na próxima terça-feira.
O martelo foi batido pelo líder do governo Zé Neto (PT), em reunião com diversas associações representativas das categorias, ontem na Casa. Entretanto, a oposição já mandou recado que não deve facilitar por concluir que as proposições não contemplam todas as reivindicações acordadas, durante a greve da Polícia Militar este ano.
“Esperamos que não haja empecilho por parte da oposição para votarmos as LOBS por acordo, na terça. Porém, se não chegarmos a um consenso, levaremos a LOB para votação como Medida de Urgência, para que seja apreciada e aprovada “, ressaltou.
Entretanto antes da sessão, o líder deve voltar a se reunir com os integrantes de todas as associações representativas, para que sejam deliberados os próximos passos com relação ao cronograma de discussão sobre os demais temas solicitados, como o estatuto das corporações e código de ética.
“Estou fazendo o que ficou combinado com as representações dos Policiais Militares e Bombeiros. Espero que não tenhamos nenhuma surpresa na terça-feira, para daí em diante darmos sequência aos outros passos que são fundamentais para melhoria da qualidade na atenção administrativa e na ascensão profissional destas duas importantes corporações”, acrescentou Neto.
Na reunião estiveram presentes representantes da Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM/BA); Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia (ABSSO PM); Associação de Policiais, Bombeiros e seus familiares do Estado da Bahia (ASPRA-BA) e Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar (AOAPM-BA).
Participou também como representante do governo, Adriano Tambone, quadro técnico da Secretaria Estadual de Administração (Saeb), além do relator da matéria, deputado José Raimundo. 
Na consulta sobre o assunto, a Aspra, - anteriormente comandada pelo vereador de Salvador e deputado eleito Marco Prisco se declarou como voto vencido entre as demais associações, contudo teria se comprometido a não prejudicar a apreciação da matéria.
A votação aconteceria essa semana, mas sob a influência de Prisco, a oposição teria decidido emperrar a questão.
Os deputados da Minoria justificaram a ausência da regulamentação do artigo 92 da lei vigente (que beneficia os PMs com insalubridade, periculosidade, auxílio transporte, alimentação e ensino) e o Código de Ética. “Eu quero a votação da LOB, mas junto com os outros itens do acordo. Isso que é o justo. Não está na Assembleia os pontos que mais interessam aos 27 mil militares, 85% da tropa da PM”, explicou  em nota Prisco.
O líder da oposição, Elmar Nascimento (DEM), enfatizou que não houve negociação com o governo para que a votação aconteça. “Ele (Zé Neto) quer resolver igual a presidente Dilma que quer conversar primeiro com o Conselho. Ele conversa com as associações, mas para votar tem que conversar comigo para que eu possa discutir junto a bancada. Não está nada resolvido”, frisou.
Radicalizar seria a orientação segundo o vice-líder Carlos Gaban (DEM), apontado por Zé Neto como aquele que teria se esforçado em favor do entendimento.
 “Não adianta termos boa vontade se o governo não cumpre com nada. Zé Neto faz o que é possível, mas qual a limitação? O governador Wagner e o eleito Rui estão viajando. Não como se decidir isso agora”, defendeu.
Segundo o democrata, o novo governador já deve entrar na gestão com uma relação de desgaste com os policiais militares. 

Fonte: Tribuna da Bahia

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