sábado, 30 de agosto de 2014

Policial acusado de agredir advogada é expulso da polícia.

Inspetor que agrediu advogada no Ceará é expulso da Polícia Civil


Advogada Elisângela dos Santos defendia cliente em Canindé, no Ceará. Policial se irritou e deu uma cabeçada na advogada, que quebrou o nariz.
29/08/2014 14h00 - Atualizado em 29/08/2014 14h03
Do G1 CE
Advogada teve que passar por cirurgia após agressão (Foto: TV Diário/Reprodução)
Advogada teve que passar por cirurgia após agressão
(Foto: TV Diário/Reprodução)
João Batista Félix, acusado de agredir uma advogada com uma cabeçada no Ceará, foi expulso da Polícia Civil em julgamento nesta semana. Segundo a denúncia contra o ex-policial, ele se irritou e deu uma cabeçada no nariz da advogada Elisângela dos Santos, em janeiro deste ano, quando ela defendia um cliente na Delegacia de Canindé, no interior do Ceará. A decisão da demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará de terça-feira (26).
Na época, ele havia dito que a agressão foi acidental. “Evitei ao máximo esse problema e fui em direção à delegacia. Quando eu fui entrando, subindo os degraus da delegacia, avançaram em cima de minha pessoa; quando eu me virei, aconteceu realmente o fato”, disse ao G1, em janeiro.
A advogada Elisângela dos Santos foi chamada por um cliente para comparecer à delegacia para providenciar a liberação de um caminhão que havia sido apreendido. De acordo com a advogada, o veículo havia sido comprado pelo cliente, mas, na hora da abordagem, ele estava sem a documentação da transação.
Elizângela conta que, mesmo após a delegada Giselle Oliveira Martins constatar que não havia irregularidades com o veículo, o inspetor suspeito de agressão tentou impedir a liberação. “Ao retornar para o local onde estava ocorrendo a discussão, o inspetor cruzou os braços, veio em minha direção e deu uma cabeçada de cima para baixo, atingindo em cheio o meu nariz, que começou a sangrar. Voltei, pedi ajuda na delegacia e fui socorrida pela delegada”, conta. Advogada vai passar por cirurgia.
João Batista já responde a três processos por abuso de autoridade, segundo a OAB. Um dos processos aponta João Batista e outros três policiais de tentar extorquir dinheiro do irmão de um suspeito de tráfico de drogas; eles exigiram R$ 10 mil para que os irmãos e a mãe do suspeito não fossem presos, segundo a OAB.

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