segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Pernambuco: na RMR, expectativa de crescimento das vendas para o Dia dos Pais é de 8%. Copa e greve da PM atrapalharam semestre



expansão do consumo

Na RMR, expectativa de crescimento das vendas para o Dia dos Pais é de 8%. Copa e greve da PM atrapalharam semestre

PUBLICADO EM 04/08/2014 ÀS 19:04 POR  EM NOTÍCIAS
O Instituto Fecomércio-PE, através do Centro de Pesquisa (Cepesq), em convênio com o Sebrae-PE, e contando com a consultoria da CeplanMulti realizou entre os dias 18 e 25 de julho Sondagem de Opinião para identificar Expectativas dos Empresários/Gestores e Intenção dos Consumidores de comemorar o Dia dos Pais 2014 e fazer um Balanço do 1º Semestre de 2014.
A Sondagem abrangeu o varejo dos municípios mais representativos da Região Metropolitana do Recife: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima, Camaragibe e São Lourenço da Mata.
Ao todo, foram realizadas 1.801 entrevistas através de pesquisa direta, sendo 887 junto a consumidores e 914 com empresários/gestores, aplicados em estabelecimentos do Comércio Tradicional, em lojas de Shopping Centers (Shopping Center Recife, Boa Vista, Costa Dourada, Guararapes, Plaza, Tacaruna e Rio Mar) e em estabelecimentos de Serviços de alimentação.
Segundo a pesquisa, menos da metade dos empresários da Região Metropolitana do Recife, 48,7%, têm expectativas de que o faturamento no Dia dos Pais em 2014 supere as de 2013. A expectativa dos empresários é de que ocorra um crescimento da ordem de 8% nas vendas do Dia dos Pais de 2014 em relação ao mesmo período de 2013.
No Comércio Tradicional, a expectativa de crescimento é de 11,8%, sendo de 7,0% nos Shopping Centers e de 2,5% nos estabelecimentos de Serviços. A sondagem aponta ainda que mais de 90% dos empresários do varejo na RMR não têm intenção de contratar trabalhadores temporários.
Em 2014, 63,6% dos consumidores da RMR demonstraram intenção em comemorar o Dia dos Pais, proporção que no ano anterior correspondia a 66,5%. Essa redução foi observada em todas as classes de renda, principalmente na classe C, cujo propósito de festejar o evento em 2014 representou 69,5% das intenções, enquanto que no ano anterior essa proporção foi 7,7 pontos percentuais maior.
Entre as razões pelas quais os consumidores na RMR não comemorarão o Dia dos Pais 2014 mencionam-se motivos relacionados a questões de cunho social e econômico. No que diz respeito às razões de cunho econômico para a não-celebração, 15,8% dos entrevistados alegaram que essa decisão se deve ao fato de estarem endividados, proporção mais elevada entre os entrevistados das classes A e B, com 25,0% das respostas, enquanto na classe C correspondeu a 19,0% e nas classes D e E a 12,4%. As pessoas declararam, ainda, estar sem dinheiro (9,3%), parcela mais alta nas classes D e E (10,1%), seguido pela classe C (6,9%), enquanto nas classes A e B essa proporção foi de 5,0%.
A forma de comemoração preferida pelos consumidores da RMR no Dia dos Pais em 2014 será a compra de presentes, apontada por 81,7% dos entrevistados. O gasto médio será de R$ 138.
Balanço das vendas
Consultados sobre o desempenho das vendas no 1º semestre de 2014, 42,8%dos empresários da RMR, apontaram queda no faturamento, ao passo que 33,5% afirmaram que o movimento nos respectivos estabelecimentos levou a alta em relação ao mesmo período no ano de 2013 e, para 23,7%, os resultados do ano passado foram repetidos em 2014.
Entre os fatores que explicam esse cenário estão: queda na geração de empregos formais; estabilização do rendimento médio mensal dos trabalhadores e a defasagem dos salários em relação a outras regiões do país; redução, em todo o país, da Intenção de Consumo das Famílias (ICF/CNC), indicador calculado com base na expectativa de manutenção e emprego dos consumidores; encarecimento do crédito para consumo, que alcançou em junho o maior custo em termos de taxas de juros; realização pontual, mas impactante, de manifestações populares e greves, cujos efeitos, no caso da RMR, foram ressaltados em função de saques e depredações, especialmente quando da paralisação da Polícia Militar; efeitos restritos – e mesmo negativos – sobre as vendas face à realização da Copa do Mundo de futebol em junho, provocados pelo encurtamento do expediente comercial.

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