Mil policiais vão poder trabalhar na folga
Desse total, 300 devem atuar na capital. Soldado ganha salário extra para fazer ronda fardado
Por: Jéssica Souza
jessicas@diariosp.com.br
jessicas@diariosp.com.br
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a ampliação do programa Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar), a operação delegada paga pela administração estadual. Ao todo são mais mil vagas para policiais – 300 vão atuar na capital.
A Dejem tem hoje dois mil policiais nas ruas. Eles recebem um salário extra pela jornada fora do horário de trabalho. Todos trabalham fardados e com arma da PM. “ Ganha a população, com mais policiamento nas ruas, ostensivo, evitando o crime. E ganha o policial, melhorando seu salário”, explicou o tucano.
Além das 300 vagas para a capital, há outras 410 para cidades do interior, 220 para municípios da Grande São Paulo, 30 para o Corpo de Bombeiros e 40 para a Polícia Rodoviária Estadual. O salário inicial de um militar no estado, hoje de aproximadamente R$ 3 mil, salta para cerca de R$ 4,6 mil caso ele faça dez jornadas extras na operação delegada.
“O policial gosta. Ele só não gosta de bico. Ele quer trabalhar regular, fardado, armado e dentro de sua atividade, sob o comando da Polícia Militar”, completou o governador.
Ostensividade/ Para o comandante do Policiamento da Capital, Coronel Glauco Carvalho, a iniciativa pode ajudar em duas frentes. “Temos duas expectativas: primeiro, a redução dos indicadores criminais. Segundo, a população ver policiamento nas ruas, saber onde encontrar um policial. Isso passa para a sociedade a presença do Estado”, disse.
O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, não quis fazer projeções de quando a operação delegada estadual trará resultados efetivos na queda da criminalidade no estado. “A expectativa é que nós consigamos ampliar a ostensividade”, respondeu.
Grella explicou que a inscrição no Dejem é voluntária e aberta a todos os policiais interessados em aumentar o salário de forma oficial. Para o secretário, a possibilidade real de um ganho extra no fim do mês contribui para preservar os próprios policiais, que muitas vezes acabam fazendo bicos para complementar a renda.
“Nós temos assistido a um grande número de policiais de folga fazendo seu trabalho extra que tem sido vítima de homicídio”, reclamou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.