Pará
Promotoria Militar denuncia PMs que participaram de protesto em Belém
41 praças da Polícia Militar foram denunciados pela promotoria.
Lei que reajustou salário de oficiais e não incluiu praças motivou protestos.
Promotor Armando Brasil denunciou 41 PMs à
Justiça Militar. (Foto: Shirley Penaforte / Amazônia)
Quarenta e um praças da Polícia Militar que participaram de manifestação da categoria em abril foram denunciados pelo Promotor de Justiça Militar do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Armando Brasil, nesta quinta-feira (5). O motivo da manifestação foi uma lei que garantiu reajuste salarial para os oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, mas deixou de fora os praças: soldados, cabos e sargentos.
Segundo o promotor de Justiça Armando Brasil, "se extrai dos autos que todos os denunciados incidiram na prática das seguintes condutas criminosas: motim, revolta, organização de grupo para a prática de violência, omissão de lealdade militar, conspiração, aliciamento para motim ou revolta, incitamento, recusa de obediência e reunião ilícita", relatou o Promotor.
De acordo com a investigação, os policiais denunciados estavam armados e se insurgiram contra a ordem do Comandante do 6º Batalhão. A decisao relata ainda que as interdições da rodovia BR-316, provocadas pelos manifestantes, causaram sérios transtornos à população, o que levou a Promotoria de Justiça Militar a instaurar o inquérito para apurar os fatos.
O 1º policial denunciado é Walcyr da Silva Corrêa, acusado de agredir o repórter da Tv Liberal Márcio Lins durante a manifestação na Rodovia BR 316. Corrêa também foi denunciado com base no Artigo 209 do Código Penal Militar Brasileiro, pelo crime de lesão leve.
Entenda o caso
Os praças se manifestaram contra uma lei que garantiu reajuste salarial para os oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, mas deixou de fora os praças: soldados, cabos e sargentos. No dia 3 de abril, os praças interditaram parte da rodovia BR-316 em frente ao 6º Batalhão da Polícia Militar, e repetiram a interdição no dia 4 de abril, provocando um engarrafamento de aproximadamente 13 km na rodovia.
No dia 5, o repórter Márcio Lins e o cinegrafista Jairo Lopes foram agredidos durante a cobertura da paralisação no 6º Batalhão, em Ananindeua. Além de serem hostilizados por alguns dos manifestantes, o repórter Márcio Lins foi agredido pelas costas, com golpes no pescoço e na cabeça, e desmaiou no local.A paralisação foi encerrada no dia 8, quando os praças decidiram aceitar a proposta apresentada pelo Governo do Estado.
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