Associação diz que manifestação de PMs será apenas 'rolezinho'
Publicado em 25.04.2014, às 11h59
A manifestação está prevista para às 13h30 na Praça do Derby
Foto: Rodrigo Lôbo/ JC Imagem
Do NE10
Prevista para acontecer a partir das 13h30, na Praça do Derby, a manifestação que promete reunir policiais e bombeiros militares de Pernambuco não tem participação e iniciativa das associações ligadas à corporação, como a ACS-PE (Associação Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares) e Asopra-PE (Associação dos Praças de Pernambuco).
De acordo com informações repassadas pela assessora de imprensa da ACS-PE, Paula Costa, a manifestação é uma iniciativa de alguns policiais isolados e que não há informações de quantas pessoas estarão envolvidas durante a passeata, visto que a associação não estará participando. Segundo a assessora, "o protesto não foi uma iniciativa nossa, inclusive estamos em processo de interdição (do prédio). Uma comissão provisória foi formada, mas desconheço quem tenha iniciado”, explicou. "As pessoas estão chamando de rolezinho dos PMs", comentou. "Muita gente está indo para aparecer, inclusive o candidato a chapa da associação. Nossa preocupação é de que as pessoas se aproveitem da situação para se promover", finaliza.
Ainda de acordo com Paula, a Aspra-PE também não estará presente na passeata. Ela afirma que o líder da Associação dos Praças estava preso, após responder um inquérito que foi concluído recentemente que puniu o sargento em 21 dias de prisão, sendo liberado nesta quinta-feira (24).
Jornalista Paula Costa divulga carta explicando mal entendido
Aos PMs de Pernambuco,
Primeiramente, desculpas. Trabalho há 16 anos com a categoria e sempre defendi a causa da família "policial e bombeiro militar". Não seria agora que iria diminuir uma nova iniciativa de luta para conquistas de mais benefícios para a tropa. Mas quanto a matéria publicada, vamos aos pontos:
1. Nunca falo em nome da Associação e nem concedi entrevista. Conversei de "colega para colega", explicando a atual situação da entidade e outros fatos que ela estava com dúvidas;
2. Em nenhum momento disse que o movimento era "apenas um rolezinho". Eu disse que algumas pessoas estavam chamando de "Rolezinho dos PMs" pois não se tratava de greve e sim de um movimento, de uma mobilização, de protesto contra as dificuldades que a tropa vem enfrentando. Inclusive alguns líderes do ato disseram várias vezes em entrevistas que não se tratava de greve.
3. A frase não foi minha mas tentei explicar a ela do que se tratava o movimento e não disse tentando denegrir mas falando em palavras "populares" para que a mesma entendesse o objetivo do ato;
4. Repito: mesmo não sendo uma expressão minha, acho importante dizer que aos olhos de sociólogos, professores e inclusive de jornalistas, o ROLEZINHO não é baderna. Segundo o site Wikipedia que diz "o fenômeno é analisado por alguns sociólogos e professores de ensino superior como sendo um "apartheid" social que denuncia a desigualdade social e racial no país".
4. Mandei e-mail a jornalista questionando o fato e fui informada que apenas fariam a correção da frase no texto (e está corrigida). Mas que não tinha como mudar os títulos por questões técnicas e nem a matéria seria retirada do ar. Portanto, isso é uma questão que terei de resolver de colega para colega, até porque em nenhum momento eu me vi concedendo entrevistas.
5. No mais, estou sempre a disposição de todos para conversar e tirar dúvidas. Fico feliz com alguns PMs que vieram conversar comigo. O episódio serviu para ter mais ainda cautela com qualquer conversa sendo ela informal ou não.
Parabéns a todos que participaram. O movimento foi muito bonito.
Um abraço,
Paula Costa
http://sargentoricardo.blogspot.com.br/
Você se convenceu? Se ele não disse, que processe a colega repórter por difamação e depois publique a ação penal aqui.
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