quarta-feira, 19 de março de 2014

Sargento PM é condenado 7 anos de prisão por morte de capitão.


Alagoas 


Irmão da vítima descarta alegação de legítima defesa

 19 Março de 2014 - 09:43

O sargento da Polícia Militar, Mário Jorge Antunes Ferreira, foi a júri popular ontem, no Fórum de Maceió, em sessão presidida pelo juiz Diego Araújo Dantas da 17ª Vara Criminal da Capital.
Militar é acusado de ter matado o colega de farda e o catador de latinhas
Militar é acusado de ter matado o colega de farda e o catador de latinhas


O 3º Tribunal do Júri de Maceió condenou a sete anos e seis meses de prisão o sargento Mário Jorge Antunes Ferreira, pelo assassinato do capitão Rogério Aristides Cavalcante, também da PM. O crime ocorreu em 2007. Durante o episódio, o catador de latinhas Edmílson Silvestre de Araújo também foi atingido por tiros disparados pelo sargento e morreu. A decisão foi proferida na noite desta terça-feira (18), no Fórum da Justiça Estadual, no Barro Duro, onde aconteceu o julgamento. Mário Jorge, conhecido como “Mário Galinha”, também foi penalizado com a perda da função na PM.
O militar responde por um homicídio ocorrido em 2007, sob a acusação de ter baleado propositalmente o capitão Rogério Aristides Cavalcante, após uma discussão na mesa de um bar. Na ocasião, o catador de latinhas, Edmilson Silvestre, foi atingido e não resistiu aos ferimentos. 
Durante o julgamento o irmão do capitão, Romeu Aristides Cavalcante, contou como uma relação amistosa de 10 anos foi destruída. “Somente eles dois sabem que tipo de provocação aconteceu ali. É fato que meu irmão empurrou ele, mas o sargento teve 10 minutos para sair da cena do crime e repensar se deflagraria os disparos”, conta Romeu.
Romeu discorda do ato como um homicídio simples por considerar que o sargento é acusado de disparar mais de 10 vezes. “O que aconteceu foi uma execução sumária. Ninguém faz isso em legítima defesa”, disse.
Já a sobrinha do sargento Mário Jorge, Ana Maria, dizia estar certa de que haveria justiça no julgamento, o que segundo ela representaria a absolvição do tio. Ela alegou que está claro nos autos e na declaração de testemunhas que houve troca de tiros e que o sargento agiu em legítima defesa. “Nós familiares e amigos estamos confiantes que o sargento Antunes agiu em legítima defesa, pois houve uma agressão feita pela vítima, por isso que ele teve que tomar atitude”, defendeu.
O advogado de defesa, Cristiano Barbosa, disse que o laudo da perícia não apontou a atuação de Mário Jorge na morte de Edmilson, que estava somente de passagem pelo local. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.