sábado, 29 de março de 2014

Policial diz que militares são humilhados e que falta alimentação no presídio da PM



Eles estão presos preventivamente e querem transferência para a Academia da Polícia

 28 Março de 2014 - 23:12

Materiais para possível fogueira neste sábado

Materiais para possível fogueira neste sábado

Na noite desta sexta-feira (28), 14 policiais militares presos no presídio Baldomero Cavalcanti iniciaram protesto com relação à falta de alimentação dos mesmos há dois dias e humilhação sofrida por parte dos agentes penitenciários. Além disso, eles querem ser transferidos para a Academia da Polícia Militar, onde no momento se encontram detidos menores do CRM (Centro de Recuperação de Menores).
De acordo com um policial militar que preferiu não se identificar para não sofrer represálias e falou à reportagem do Tribuna Hoje, todos os militares detidos estão sendo humilhados pelos agentes. “Eles estão sendo ameaçados, humilhados, perseguidos pelos agentes. As famílias nas visitas sofrem o mesmo tipo de tratamento”, relatou.
O policial informou que a comida não chega há dois dias a eles no presídio e a responsável pela distribuição é a Polícia Militar. “Café da manhã, almoço, janta, não vem nada, apenas pão e água há dois dias. E os que estão presos lá não foram condenados. Estão sub judice, por prisão preventiva, sem condenação”, disse.
Os militares desejam um posicionamento oficial do Comando da Polícia Militar sobre um encontro marcado para a manhã de quarta-feira (02/04) às 11h com o secretário de Defesa Social, Eduardo Tavares, o comandante-geral da PM, coronel Marcus Pinheiro, e o comandante do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) para discutir a situação do grupo.
Eles estão juntando materiais no módulo do complexo prisional, dentre os objetos estão cadeiras de plástico e madeira, bancos de madeira, baldes utilizados como depósito de lixo e colchões que serão queimados neste sábado (29) caso não haja posicionamento do comando.
A situação estava controlada no complexo, quando os agentes chegaram, nas palavras do policial, “cheios de arrogância e moral”. Um dos agentes, Guilherme - Chefe de Disciplina, tentou intimidar os militares com uma pistola .40. O policial falou ainda que o gerente geral do Baldomero Cavalcanti chegou a ameaçar o uso de bombas de efeito moral caso os militares não parassem de protestar voltando ao seu módulo.
A reportagem tentou entrar em contado com a assessoria da Superintendência Geral de Administração Penitenciária, mas não obteve êxito.

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