quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Número de policiais militares demitidos aumenta 180%

Ceará

Foi apresentada na tarde desta quarta-feira, 19, pelo controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), Santiago Amaral Fernandes, a estatística anual de procedimentos, com os dados comparativos de produtividade dos anos de 2012 e 2013. 

Estiveram presentes membros da Associação das Vítimas de Violência Policial no Ceará (Avvipec), como Francisco das Chagas, pai do menino Bruce Cristian de Souza Oliveira, 14, morto em ação da Polícia Militar, quando estava na garupa da moto do pai; Sandra Sales, mãe de Ingridy Maiara Oliveira Lima, 18; e Rafael Sales, amigo de Igor de Andrade Lima, 16. Ambos os jovens foram mortos durante as festas de Pré-Carnaval do Bairro Ellery.

Segundo os dados, houve aumento de 88,1% no número de procedimentos concluídos, de 2012 (252 processos) para 2013 (474 processos). Também houve aumento no número de servidores processados. Foram 373 em 2012 e 737 ano passado.

Em 2013, foram processados 578 policiais militares (281 em 2012), 93 policiais civis (77), 30 bombeiros militares (6), 27 servidores da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) (4), 9 da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) (5).

O número de servidores demitidos também aumentou, de 39 em 2012 para 73 em 2013, o que corresponde a um aumento de 87,2%. Destes, 56 eram policiais militares, contra 20 PMs em 2012, o que representa aumento de 180%; 13 policiais civis (15 em 2012); 2 servidores da Pefoce foram demitidos em 2012; 2 bombeiros militares em 2013; 2 servidores da Sejus (2 em 2012).

Os motivos das demissões entre os policiais militares, em 2013, foram: insubordinação grave/ofensa à corporação/ contumácia(transgressões graves), 12; homicídio, 9; lesão corporal e/ou outras transgressões, 9; estelionato/falsificação ou uso de documento falso, 9; extorsão/abuso de autoridade/porte ilegal de arma de fogo, 6; estupro, 3; paculato/roubo/receptação, 3.

Já entre os policiais civis os motivos foram: procedimento irregular de natureza grave/prevaricação/abandono de carga, 5; corrupção/extorsão/abuso de autoridade/porte ilegal de arma de fogo, 3; peculato, 3; facilitação de fuga de preso, 2.

Dois bombeiros foram demitidos por lesão corporal e outras transgressões; dois servidores da Sejus foram demitidos ano passado. Um deles por peculato e o outro por inserção de celulares em presídio.

Redação O POVO Online, com informações da repórter Viviane Sobral

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