domingo, 26 de janeiro de 2014

PM contraria norma e socorre baleado.


Homem é baleado durante protesto contra Copa em SP



Um rapaz foi baleado em Higienópolis, na noite desse sábado, durante o protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. A manifestação tomou o centro de São Paulo e terminou em vandalismo e 146 manifestantes presos.
Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves foi encontrado com três tiros –dois no peito e um na virilha–, na esquina da rua Sabará com a rua Piauí, rodeado por um grupo de pelo menos quatro policiais militares.
Segundo testemunhas ouvidas pela Folha, os PMs se justificaram dizendo que o rapaz era manifestante e portava coquetel molotov.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas, antes que chegasse, os policiais levaram o rapaz para hospital da Santa Casa em uma Kombi da PM, o que contraria a regra que recomenda que os policiais aguardem socorro especializado.
"Eu estava em casa, ouvi os disparos e desci para ver o que tinha acontecido. Foi quando vi o jovem deitado agonizando no chão. Ele ficou ali por uns 30 minutos até que a PM levou ele para o hospital. Um minuto depois a ambulância chegou, mas ele já tinha ido embora", disse o gerente comercial José Augusto Raulino, 47 que testemunhou o caso.
O defensor público Erik Arnesem saía para jantar quando viu a cena. "Logo me identifiquei, mas os policiais não deixaram eu chegar perto da ocorrência", disse.
Em seguida, Arnesem entrou em contato com o defensor Carlos Weis, coordenador de direitos humanos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que pretende cuidar do caso e exigir a investigação da ocorrência para punir os possíveis responsáveis.
Folha apurou que policiais levaram Chaves à Santa Casa por volta das 22h30 de sábado. Ele foi encaminhado para o centro cirúrgico e operado durante a madrugada.
O rapaz, segundo informações da Santa Casa, continua internado no centro médico. O estado de saúde dele, no entanto, não foi informado.
Até a manhã de domingo, sua família não havia sido avisada. A Secretaria de Segurança Pública foi procurada pela reportagem, porém até agora não se manifestou a respeito deste caso.
Moradores da região disseram que uma equipe da Corregedoria esteve na região durante a madrugada. Pela manhã, foram encontrados no local manchas de sangue e um par de luvas.

Folha de São Paulo

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